Apesar de a demanda pelo milho interno seguir firme, a menor oferta de negócios por parte dos produtores também auxiliou na elEvação das cotações nas últimas semanas.

Com a atenção voltada para as previsões climáticas e as incertezas quanto à capacidade produtiva das lavouras na próxima safra, os reportes são de que os agricultores tem negociado volumes menores do cereal. Além deste fator, o dólar apresentou novas altas, alcançando os R$ 5,77/US$ na sexta-feira, atraindo os consumidores internacionais.

Com isso, as cotações nas praças brasileiras se elevaram, no Cepea o preço do milho registrou alta de 28,70% no último mês e fechou a semana passada cotado a média de R$ 81,65/sc.

Na mesma linha, o contrato corrente na B3 teve aumento de 19,82% no comparativo mensal, superando a faixa dos R$ 80,00/sc na semana anterior.

Confira agora os principais destaques do boletim:

• A elevação da moeda norte-americana e a disponibilidade restrita do grão no estado impulsionaram os preços do milho em Mato Grosso, que avançaram 5,97% no comparativo semanal.

• Na CME as incertezas quanto à segunda onda do coronavírus pressionaram as cotações do contrato corrente do milho. Assim, o comparativo da média semanal fechou em queda de -1,53% em relação à semana passada, sendo cotado a US$ 4,06/bu.



• O prêmio no porto de Santos foi sustentado pela firme demanda e apresentou alta de 1,46% em relação à semana passada.

• A Base MT – CME atingiu a maior diferença entre as praças na série histórica do Imea. Quando convertida em reais, a diferença ficou em R$ 9,16/sc, alta de 58,95%.

Produtividade segue semeadura:

São muitos os fatores que podem afetar o desempenho de uma cultura, em especial a janela ideal de plantio e as precipitações de chuva, que chamam a atenção do produtor para o melhor alcance nas produtividades. Assim, ao observar a evolução da semeadura nas safras de milho anteriores, como destacado no gráfico, é visto que o atraso no plantio do cereal pode estar correlacionado com a produtividade.

Exemplo disto é a safra 18/19, que iniciou o plantio dentro da janela ideal, e consequentemente apresentou um rendimento recorde de 110,9 sc/ha, valor superior em relação às safras 17/18 e 19/20, com 99,55 sc/ha e 109,02 sc/ha, que tiveram a semeadura mais tardia, respectivamente.

Com isto, o atual cenário de atraso na semeadura da soja está sendo um fator relevante para a safra futura de milho em Mato Grosso, já que no mesmo período do ano passado a soja havia sido semeada em 81,60%, contra 53,90% da atual temporada.

Fonte: Imea

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