A queda de 0,68% na cotação do dólar, neutralizou grande parte do aumento de 1,35% na cotação da soja em Chicago e da atividade da China no Brasil levando os preços que os compradores ofereceram sobre rodas nos portos do sul do Brasil ou seus equivalentes em outros estados a uma alta de apenas 0,06% para a média de R$ 88,05/saca, contra R$ 88,00/saca, do dia anterior. Com isto, o acumulado do mês saltou para positivos 1,49% contra positivos 1,43% do dia anterior.
No interior, o avanço foi bem maior, de 2,13%, para R$ 83,04/saca, contra R$ 81,31/saca do dia anterior, com o acumulado do mês também aumentando para 2,68%, impulsionado pelas altas dos preços de farelo e óleo.
Os preços do mercado físico do Rio Grande do Sul caíram cinquenta centavos para R$ 89,50 para outubro no porto; safra nova R$ 87,80 para maio, com movimento fraquíssimo. No mercado interno, Passo Fundo R$ 85,50 e Ijuí R$ 85,00. No Paraná, em Ponta Grossa R$ 78,00 balcão, R$ 81,00 no atacado spot para novembro e R$ 84,00 para maio, R$ 89,00 porto para dezembro.
No Mato Grosso do Sul mercado bombado, mas o produtor em cima do muro, porque hoje foi feriado. Preços no mercado spot R$ 81,00 FOB tendo sido negociadas cerca de 10.000 toneladas. Para a safra 2020 saíram cerca de 40.000 toneladas ao redor de R$ 74,00.
No Mato Grosso foram negociadas 120 mil toneladas, na semana, da safra 2018/2019, venda firme, preços entre R$ 75,00 a R$ 81,00; para 2019/2020 foram negociadas 180 mil toneladas, também venda forte na semana, a preços entre R$ 72,00 a R$ 77,00.
Em Goiás foram negociadas 37.900 toneladas de safra 2018/19 e 259.382 toneladas de safra 2019/20. Até esta sexta já haviam sido plantados 5,08% dos 3,5 Mha previstos para este ano. Preços entre R$ 75,00 (Formosa) e R$ 78,50 Cristalina para exportação e R$ 79,40 (Rio Verde) e R$ 81,50 (Anápolis) no mercado interno.
Na Bahia foram negociadas cerca de 20.000 toneladas para a safra 2018/19 a preços ao redor de R$ 80,00 e 40.000 toneladas para a safra 2019/20 a preços ao redor de R$ 77,00. Entretanto, alguns produtores continuam segurando lotes acreditando em preços melhores.
Em dia de acordo com EUA China compra 17 cargos na América do Sul
Mais de uma vez afirmamos aqui que os chineses são mestres na comercialização e este é um fator importante imaterial do mercado de soja. E mais de uma vez Chicago se entusiasmou com declarações da China, elevou excessivamente as cotações da soja, se decepcionando depois.
Também afirmamos mais de uma vez que, mesmo fazendo acordo com os EUA, a China não abandonaria o Brasil. Nesta sexta-feira foi encerrada uma prévia do acordo comercial com os EUA, mas, mesmo assim, as compras concretas aconteceram na América do Sul, em plena janela de exportação americana.
Nada foi reportado sobre compras nos EUA. Foram adquiridos 17 cargos, equivalentes a 1,02 milhão de toneladas, dos quais 10% NC, entre Brasil e Argentina. Na Origem, as vendas dos agricultores (Farmers Selling) atingiram 1,0 MT no Brasil e 350 mil tons na Argentina.
Não houve atividade conhecida no mercado intermediário de Paper no Brasil, nesta sexta-feira. Os prêmios FOB nos portos brasileiros recuaram para a maioria dos meses: as quedas foram de 10 cents/bushel para Novembro, 3 cents para Fevereiro, 1 cent para Março, 10 cents para Abril, 5 cents para Maio e 11 cents para Junho e Julho, respectivamente.
Os prêmios CIF portos da China da soja brasileira recuaram 2 cents/bushel para Novembro, 4 para Fevereiro e Março, 3 para Abril, 9 para Maio e 14 para Junho e Julho, respectivamente.
No porto chinês de Dalian o preço flat da soja-grão subiu para US$ 475,67/t contra US$ 473,77/t do dia anterior; o pellets de soja, avançou para US$ 422,90/t, contra US$ 416,99/t do dia anterior. O preço do óleo de soja, porém, subiu para US$ 850,60/t, contra US$ 835,10/t anterior.
No mercado internacional o pellets e o óleo de soja recuaram nesta sexta-feira
Em Rotterdam, o principal porto não-China de demanda de soja e subprodutos, a soja-grão avançou para US$ 383,70/t (US$ 382,90/t do dia anterior) para outubro; o pellets de soja, permaneceu inalterado em US$ 379,00/t (379,00/t)/t afloat.
Os preços de alguns óleos vegetais, para o primeiro mês cotado, foram: o óleo de canola subiu para US$ 886,99/t (881,44)/t; o óleo de linhaça subiu para US$ 762,50 (760,00); o de soja subiu para US$ 764,38 (758,04); o óleo de girassol voltou para US$ 745,00 (750,00) e o óleo de palma subiu para US$ 557,50 (555,00).
Fonte: T&F Agroeconômica