A semana foi marcada por preços entre estáveis e mais baixos no mercado brasileiro para soja disponível. O ritmo dos negócios seguiu lento. Como as condições de comercialização não são as melhores, os produtores aproveitam o clima favorável e priorizam os trabalhos de colheita. Em Chicago, os preços subiram, mas não o suficiente para animar os agentes. O dólar segue perto de R$ 5,70.

A saca de 60 quilos recuou de R$ 137,00 para R$ 130,50 em Passo Fundo (RS) nesta semana. Em Cascavel (PR), a cotação seguiu em R$ 125,00. Em Rondonópolis (MT), o preço baixou de R$ 116,00 para R$ 115,00. No Porto de Paranaguá, a cotação seguiu estabilizada em R$ 132,00.

Os contratos com vencimento em março subiram 0,97% no acumulado da semana, sendo cotado na manhã da sexta, 21, a US$ 19,46 por bushel. O recente aceno do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à China, indicando que está aberto a negociações comerciais ajudou a sustentar as cotações.

Os primeiros movimentos de Trump sinalizam que a temida guerra comercial com a China ainda está longe de ser decretada. A represália chinesa a taxas americanas certamente priorizariam os produtos agrícolas dos Estados Unidos, o que poderia significar um deslocamento ainda maior da demanda chinesa para outros mercados, principalmente Brasil e Argentina.

O clima na América do Sul também segue no radar do mercado. A semana trouxe chuvas para as regiões produtoras do Rio Grande do Sul, estancando as perdas produtivas nas lavouras. No Mato Grosso, houve mais períodos de tempo seco, garantindo a evolução da colheita.

Na Argentina, ainda há preocupação com o potencial produtivo, já prejudicado pela recente estiagem. Voltou a chover nesta semana, mas os boletins apontam nova onda de calor.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) realiza nos dias 27 e 28 de fevereiro o seu Fórum Anual. No evento, serão indicadas as primeiras sinalizações sobre o plantio americano em 2025. Com quadro de oferta e demanda mais apertada e diante do bom ritmo das exportações, o mercado trabalha com um possível aumento de área do milho, em detrimento do plantio da soja.

Fonte: Dylan Della Pasqua / Safras News



 

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Autor:Dylan Della Pasqua / Safras News

Site: Safras & Mercado

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