Em vídeo divulgado no canal no Youtube pelo pesquisador Marcelo Gripa Madalosso é abordado sobre um detalhe importante que está relacionado às aplicações na lavoura que é a questão dos intervalos de aplicações e como esses intervalos devem ser definidos.


Importância da manutenção de intervalos de aplicação de fungicidas em soja


Conforme destacado pelo pesquisador, para se fazer a leitura do residual, ou seja, para saber como estabelecer esse residual, deve-se fazer a leitura de alguns pontos no campo, conforme recomendado:

  1. O primeiro ponto está relacionado com a planta, onde deve ser observado o estágio de desenvolvimento da cultura, as condições de manejo e a idade do tecido, onde quanto mais velho for o tecido, mais delicada é a situação.
  2. O segundo parâmetro a ser observado é a questão de patógenos, observando-se se há presença de patógenos, no caso de ferrugem já se tem o monitoramento de inóculo, onde pode-se verificar se existe a presença do mesmo e no caso de manchas foliares a presença do patógeno também é frequente.
  3. O terceiro ponto é a questão do produto, onde deve-se conhecer o produto que está sendo utilizado e misturado, se possui residual curto ou longo, absorção rápida ou não e se o produto é sistêmico ou não. Um fator importante destacado pelo pesquisador refere-se ao uso de multissítios, por exemplo, que não são sistêmicos e possuem um residual menor, porém, quando adicionamos estrobilurinas e carboxamidas, aumentamos esse residual.
  4. O quarto e último fator é a questão do ambiente, ele é quem governa todos os demais fatores, e pode-se estabelecer alguns parâmetros para aumentar e diminuir o residual, conforme destacado a seguir.

Madalosso coloca que esses parâmetros citados são locais e jamais devem ser trabalhados de forma generalizada.

Por exemplo, em períodos de chuva frequente, com a cultura da soja com um grande volume de área foliar e boa condição climática para a planta e o patógeno, deve-se utilizar mais princípios ativos na mistura, realizando intervalos mais compactos, com entre 13 e 15 dias, no máximo, especialmente a partir do período reprodutivo da cultura.

Já, em uma situação de estresse hídrico, o triângulo da doença acaba sendo prejudicado, especialmente no caso da ferrugem, podendo-se trabalhar com intervalos mais elásticos, como 17 a 21 dias, dependendo do local e da leitura do agrônomo.

De uma maneira geral, intervalos maiores são possíveis com maior frequência no início da cultura, e à medida em que avançamos o ciclo da soja, onde há maior risco de epidemia e maior concentração de chuvas, os intervalos vão encurtando naturalmente.

Confira o vídeo abaixo.


Inscreva-se no canal do pesquisador Marcelo Gripa Madalosso Aqui



Elaboração: Engenheira Agrônoma Andréia Procedi – Equipe Mais Soja.

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