A atenção se volta ao plantio da oleaginosa nos principais países produtores. A expectativa é que a Argentina, Brasil e Paraguai, juntos, sejam responsáveis por mais de 55% da oferta mundial de soja na safra 2023/24.

ARGENTINA ESPERA CHUVAS REPOR UMIDADE DO SOLO

A janela de semeadura da soja argentina ainda está no início e as atividades devem ganhar ritmo nas próximas semanas. Depois de uma forte quebra de produção do ciclo 22/23 devido à seca, a perspectiva é que o clima contribua com a recuperação das lavouras na safra atual.

PLANTIO NO PARAGUAI ESTÁ NA RETA FINAL

Mais de 90% da safra já foi semeada, com atrasos registrados na região Norte do país, que sofre com a seca. No geral, as lavouras implantadas estão em ótimas condições. O país espera colher 10 milhões de toneladas na safra 2023/24.

NO BRASIL, ATIVIDADES DE PLANTIO CAMINHAM DEVAGAR

Mesmo com a autorização normativa para o plantio nas principais regiões produtoras, poucas chuvas no Norte, a irregularidade no Centro-Oeste e o excesso de precipitações na região Sul estão mantendo o atraso de semeadura. O ritmo observado anda atrás das últimas duas safras e só não é menor que o visto na temporada 2020/21, quando as chuvas demoraram a chegar e comprometeram fortemente a janela da 2ª safra de milho.

CLASSIFICAÇÃO DE SOJA É PAUTA NA REUNIÃO DE COMISSÃO DA CNA
A Proposta de Revisão do Regulamento Técnico da Soja (IN MAPA nº 11/2007) está em discussão desde 2021. A CNA tem atuado em todas as etapas desde a consulta pública, os seminários nacionais até a última que consistiu no debate participativo em audiência pública, nos dias 30 a 31 de outubro e 1º de novembro.

A Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas, defendeu como tese em suas argumentações, o posicionamento das Federações de Agricultura principalmente em relação à manutenção do atual teor de umidade (14%) e maior clareza nas definições e tipificação.

Análise do Clima

AMAZONAS ENFRENTA A MAIOR SECA EM 40 ANOS – Influenciadas pelo El Niño, as chuvas estão demorando mais a chegar na região. Impactos já são vistos em áreas destinadas à agricultura e à pecuária.

QUEDA NA PRODUÇÃO – A combinação do menor volume de chuvas, altas temperaturas
e, consequentemente, redução da umidade do solo interfere na produtividade agropecuária
da região.

DIFICULDADES NO ESCOAMENTO DA PRODUÇÃO – Há preocupações com o transporte da safra de milho na região, que se estende até o final do ano.

ACESSO A INSUMOS – O tempo de entrega de produtos e insumos aumenta – tanto para
dentro do estado do Amazonas quanto para outras regiões do Brasil.

AUMENTO NOS PREÇOS DE FRETE – Nível baixo dos rios atrapalha o transporte. Se o
problema continuar, possivelmente veremos um reflexo nos valores dos fretes.

Fonte: CNA – disponível em Análise CNA – Edição Outubro | 2023

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