CHICAGO: Soja fechou em leve alta pela quinta sessão consecutiva, por clima e demanda
O contrato de soja para maio22, mês de referência para a comercialização da soja brasileira, em grão fechou em alta de 0,12% ou 2,0 cents/bushel a $ 1716,75. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 0,25%, ou $ 3,75 cents/bushel a $ 1498, 25. O contrato de farelo de soja fechou em queda de 0,32% ou 1,5/ton curta a $ 464,5 e o contrato de óleo de soja fechou em alta de 0,26% ou $ 0,21/libra-peso a $ 80,20.
Ganhos estendidos pela quinta sessão consecutiva. Perspectivas de tempo frio e seco atrapalhariam o avanço do plantio nos EUA. Do lado da demanda, dados animadores sobre o consumo doméstico adicionaram estímulos. Além disso, o USDA anunciou vendas diárias de 123.650 toneladas. para destinos desconhecidos.
Os preços da soja em Dalian estavam mais altos em 18/04, subindo 9 yuans para 6.155/MT (~ $ 26,20/bu). Com menos comerciante, embora mais competitivo em importação, os preços da soja Dalian Nº2 atingiram uma nova alta para o mês para 5.149 yuan/MT (~ $ 21,92/bu).
A China estará leiloando mais 500 mil toneladas de soja importada pelo Estado em 22/04. Os prêmios no CNF China da soja acumulam uma queda de mais de 50 centavos por bushel em um mês, mostrando a queda no esmagamento chinês e redução das importações.
GIRO PELOS ESTADOS
- RIO GRANDE DO SUL: Colheita a mil antes das chuvas, mas mercados parados, sem navios no porto
Colheita seguindo de forma muito intensa, antes que ocorram as previsões de piora climática neste próximo fim de semana. Com os avanços possíveis nesse conturbado mês, a colheita já se aproxima de seus 50%, mas as vendas seguem muito retraídas a ponto de não haver sequer navios nomeados para a soja no porto gaúcho, que se deve, em especial, à atuação incerta do mercado internacional, pela redução da oferta brasileira.
Preços de pedra: Nova subida é vista, preços se destacam em R$ 2,00/saca e retornam ao nível de R$ 182,00.
Preços no porto: Dia sem qualquer melhora nos preços, indicações seguem a R$ 196,00.
Preços no interior: Da mesma forma que o porto, embora tenha ocorrido fraquíssima imposição tanto por parte de CBOT quando do dólar, os preços não melhoraram, pois os produtos fecharam mistos: farelo caiu 0,32% e óleo subiu 0,26%, praticamente se anulando e não permitindo elevação dos preços do grão. Ijuí segue a R$193, Cruz Alta a R$ 193,00, Passo Fundo a R$ 193,50 e Santa Rosa a R$ 193,00. Estima-se que cerca de 3.000 toneladas tenham sido negociadas hoje, mas salientando, se tanto, pois o movimento segue dolorosamente fraco.
- SANTA CATARINA: Março registrou o maior preço nominal da história do estado
Em Santa Catarina os preços permaneceram parados apesar das melhoras em Chicago e do dólar, de fato está complicado a ocorrência de qualquer facilidade para os negócios. Em partes isso se deve a proximidade com o feriado, em outra parte à expectativa do produtor de melhora de preços e pôr fim à progressão da safra, por isso, mesmo com a melhora do dólar e Chicago não fornecendo oposição, muitas regiões mais ao sul do país não se movimentaram.
Relatório EPAGRI registrou nesta terça-feira que Os preços da soja no estado apresentaram, em março, média de R$195,28/sc, o que representa alta de 4,15% em relação aos de fevereiro. Em alguns dias, no início deste mês, foram registrados valores acima de R$200,00/sc; no entanto, o cenário se altera no final do mês e início de abril (Figura 2). A forte estiagem no sul do Brasil e na Argentina levou à redução das estimativas de produção na América Latina, fator que impactou nas cotações da oleaginosa. No estado, é o maior valor nominal da média mensal da série histórica registrado pela Epagri/Cepa.
- PARANÁ: Queda de R$ 3,0/saca no interior e R$ 1,0/saca no porto
Safra 21/22 já está 96% colhida, segundo relatório divulgado nesta terça-feira pelo DERAL. Das lavouras que ainda não foram colhidas 67% estão em condição boa, 25% médias e 8% ruins. O total da área colhida na safra 20/21 no Paraná foi de 5.588.951 hectares, com rendimentos médios de 3.547 kg/hectare, que produziram um total de 19.822.093 toneladas.
Preço no porto passa por nova queda parcial de 0,53%, valor equivalente a R$ 1,00/saca, levando o preço a R$ 188,00.
Preços no interior: Ponta Grossa, como de costume, por ser mais estreitamente relacionado com as exportações e, também, vir de uma fase de esticamento nos preços, decai em 1,60%, valor equivalente a R$ 3,00/saca e retorna a R$ 185,00. Demais posições, Cascavel, Maringá e Pato Branco, não se movem, permanecendo respectivamente nas indicações de R$ 173,00, R$ 173, e R$ 172,00. Ademais, os negócios seguem bastante lentos e a colheita segue firme, sem mais complicações, em breve será divulgado censo com avanço percentual.
MATO GROSSO DO SUL: Alta não atingiu 1%, razão pela qual os preços permaneceram inalterados
Em dia de alta de 0,12% na soja-grão em Chicago e de 0,43% do dólar no Brasil, cuja soma não atinge 1%, os preços que os compradores puderam oferecer aos vendedores ainda não foi suficiente para entusiasmar novas vendas, razão pela qual os preços permaneceram inalterados, como mostra nossa tabela ao lado.
Preços: Dourados a R$ 175,00; Campo Grande a R$ 175,00; Maracaju a R$ 174,00; Chapadão a R$ 171,00; Sidrolândia a R$ 173,00; todas as posições permaneceram paradas.
- MATOPIBA: Mudanças mínimas de preços
Na Região de Balsas, no Maranhão o preço permaneceu a R$ 166,00. No porto de Itaqui-MA, fechou a R$ 164,00. Na cidade interiorana de Porto Nacional, no Tocantins, o preço ganhou 0,27% e foi a R$ 150,40. Em Uruçuí-PI também permaneceu inalterado a R$ 166,50. Em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, o preço spot permaneceu inalterado a R$ 170,00/saca, mas o preço para maio subiu R$ 0,50 para R$ 172,00, nesta terça-feira.
- MATO GROSSO: Dia de alguns movimentos, mercado misto; relação de troca desfavorável ao agricultor
Segundo o relatório do Imea, em março, o custo de produção de soja apresentou nova alta e a relação de troca com fertilizantes segue desfavorável para o produtor. O custeio da safra 22/23 da soja ficou estimado em R$ 4.761,44/ha em MT, avanço de 1,21% ante ao mês de fevereiro.
Os preços dos fertilizantes continuam puxando as despesas nesta temporada, devido às incertezas do abastecimento, a crise energética na China e os conflitos entre a Rússia e a Ucrânia. Para se ter uma ideia, os preços do Super Simples (SSP) e MAP valorizaram 7,57% e 15,14% no comparativo com o mês de fev. 22, ficando estimados na média mensal em R$ 3.784,38/t e R$ 7.161,75/t, respectivamente.
Diante do contexto de alta no fertilizante e tendo em vista que em março o preço da soja futura recuou em MT, a relação de troca do SSP e MAP foi ampliada em 13,78% e 21,78%, nesta ordem. Por fim, para que o produtor consiga uma tonelada de SSP e MAP é preciso entregar 25,07 e 47,44 sacas de soja para adquirir o produto, respectivamente.
Os preços tiveram variação negativa de 0,12% em Campo Verde e 0,18% em Lucas do Rio Verde e positiva entre 0,58% (Primavera do Leste) e 1,79% (Nova Mutum), nesta terça-feira, como mostra nossa tabela acima.
Fonte: T&F Agroeconômica