As cotações do milho em Chicago fecharam estáveis e o dólar teve desvalorização de 0,88%, fechando em R$ 4,0094. Já as cotações no mercado brasileiro oscilaram pouco, novamente, entre a estabilidade e leve alta. A forte demanda por milho brasileiro no mercado internacional está mantendo os preços elevados.

O volume das exportações de milho do Brasil na temporada 2018/19 podem ficar acima dos 39 milhões de toneladas previstos atualmente pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), atingindo até 42 milhões a 43 milhões de toneladas. Este movimento está preocupando os grandes consumidores brasileiros, que estão tratando de se abastecer principalmente para o período depois de janeiro, quando a escassez poderá se acentuar.

É um jogo delicado, em que a necessidade de compras precisa ser contrabalanceada com a necessidade de manter os preços dentro dos custos de produção de carnes, ao redor de R$ 40,00 CIF, que já estão ultrapassados há algumas semanas. Isto pode limitar as novas altas dos preços do milho, uma vez que a demanda externa de carnes também está um pouco limitada.

No Rio Grande do Sul mercado de lotes totalmente travado. Os preços permaneceram inalterados em Cruz Alta, Panambi e Erechim em R$ 36,00 e em R$ 36,50 em Montenegro. Subiram 3,61 para R$ 43,00 em Ijuí e 2,67% em Passo Fundo para R$ 38,50 e 0,54% em Carazinho para R$ 37,50.

Em Santa Catarina os preços continuam firmes, tendo subido 1,8% em Campos Novos para R4 44,00, 1,18% em Canoinhas e Chapecó para R$ 43,00 e 3,45% em Concórdia para R4 45,00. Mafra permaneceu inalterado em R$ 43,00.

No Paraná negócios reportados no Oeste do estado a preços entre R$ 38,00/39,00 com vendedores a R$ 40,00, mas mercado bem travado compradores comprando só o necessário. Nos Campos Gerais preços subiram para R$ 40,00 e no norte do estado, R$ 39,00 futuro, R$ 38,00 no porto para dezembro. Pouco volume negociado ( 5/10k ), assim como poucas ofertas, ao redor de R$ 40,00 FOB.



Em São Paulo, a semana termina com referências pressionadas. Após registrar o maior preço desde 13/06/2018 na última segunda-feira (21), o preço pago pela saca perdeu força com a intensa queda do Dólar. A moeda voltou a trabalhar perto de R$ 4,00/US$ e reduziu as referências de porto. Indiretamente, compradores locais passaram a testar preços menores, com a postura de pouco ceder, buscando apenas recompor seus estoques.

Vendedores, que especulavam no mercado local subindo preços e encurtando ofertas, acatam aos poucos. Estimativas de mercado apontam para preço médio de R$ 42,14/sc, recuo de 0,09/sc. Para novembro, as indicações dos portos brasileiros estão em R$ 41,00/sc, estáveis após 3 dias consecutivos de queda.

No Mato Grosso do Sul soubemos apenas de negócios de milho safrinha para 2020, com comprador a R$ 29,00 e vendedor a R$ 30,00, na região de Dourados.

No Mato Grosso cerca de 20 mil toneladas foram vendidas na última quinta-feira para o mercado interno por R$ 30/saca FOB, para retirada e pagamento imediatos. O valor para exportação era de R$ 31/saca FOB, nos mesmos termos, embora para embarque externo não tenham sido negociados lotes. Os preços estão estáveis há pelo menos três semanas. Produtor está ausente, porque está concentrado no plantio da safra de soja, que segue bom ritmo na região.

Quanto ao milho safrinha 2019/20, comprador indicava R$ 24/saca FOB ou CIF, para embarque em julho e pagamento em agosto de 2020, valor R$ 1/saca menor em relação à sexta-feira da semana passada. Produtor ainda tem em mente os R$ 25 por saca, nos mesmos prazos e condições e com isso não saíram novas vendas. Cerca de 45% da safra de milho de inverno já foi negociada com antecedência na região. Como produtor conseguiu pagar a safra, agora negocia com calma, observando melhor os preços.

Em Goiás cerca de 89% da safra 2018/19 já foram negociados e 38% da safra 2019/20. Os preços subiram 4,62% em Cristalina para R4 34,00, 8,57% em Goiânia para R$ 38,00, 3,23% em Jataí para R$ 32,00, tendo permanecido inalterados a R$ 35,00 em Rio Verde.

Na Bahia o mercado permaneceu estável durante toda a semana a R$ 34,00. Os preços oferecidos pela exportação, para vendedores distantes 600 km do porto, caiu para R$ 34,48 (34,49 do dia anterior) subiu para dezembro, R$ 35,59 (34,70) e subiu para março e R$ 34,62 (34,48) para maio de 2020.

Já os milhos importados do Paraguai chegariam ao Oeste do Paraná ao redor de R$ 31,99 (R$ 32,27 anterior); ao Oeste de Santa Catarina ao redor de R$ 35,37 (35,69) e ao Extremo Oeste de SC ao redor de R$ 34,89 (35,20) /saca. O milho argentino a R$ 52,30 (52,71) e o americano a R$ 58,87 (59,34) no oeste de SC.

Com relação aos preços dos principais consumidores de milho, os preços do frango resfriado para o consumidor em São Paulo tiveram leve alta de 0,22% (0,00% no dia anterior), levando o ganho mensal a 1,34% (1,11% no dia anterior). Os preços dos suínos no Paraná permaneceram estáveis, mantendo a alta acumulada no mês em 8,35%. Os preços do boi gordo em São Paulo fecharam com forte alta, de 2,02%, com o acumulado se mantendo no território positivo em outubro, atingindo 2,65%.

Fonte: T&F Agroeconômica


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