B3: Puxado pela forte alta de Chicago, milho fechou em alta também em São Paulo

As cotações do milho no mercado futuro de São Paulo seguiram as cotações de Chicago, que subiu fortemente puxado pela também forte alta do trigo e colocando, novamente a pressão que a exportação poderá fazer sobre os preços internos.

Estes fatores levaram também em consideração as preocupações com o clima no Brasil. Com o mercado abastecido até a colheita e assustados com as altas os compradores ficam observando os acontecimentos para se reposicionar.

Com isto, as cotações fecharam em alta no dia e na semana: o vencimento maio/22 foi cotado à R$ 86,97, alta de R$ 0,22/saca no dia e de R$ 0,18 nos últimos 5 pregões (semana) julho/22 fechou a R$ 97,46, alta de R$ 2,40 no dia e de R$ 6,77 na semana; setembro/22 fechou a R$ 100,52 com alta de R$ 3,03 no dia e de R$ 7,25 na semana e novembro/22 fechou a R$ 102,62 com alta de R$ 2,72 no dia e de R$ 6,42 na semana. Veja os demais resultados, na tabela de fechamento acima.

CHICAGO: Milho fechou em forte alta, puxado pelo trigo e por preocupação com a produção do Brasil

A cotação do milho para julho22, que passou a ser mês presente é período importante para a exportação brasileira, fechou em alta de 3,49% ou 27,25 cents/bushel a $ 808,50.

O mercado de milho foi principalmente infectado pela ascensão do trigo. A partir de seus próprios fundamentos, o mercado aguarda os dados antecipados para o plantio nos EUA no final do dia (lembre-se que há um grande atraso em relação ao ritmo histórico). Além disso, permanece um certo temor pela contribuição produtiva do Brasil.

Dados de Inspeções de Exportação da manhã de segunda-feira mostraram 1.037 MT de milho embarcado na semana que terminou em 12/05, queda de 29,84% em relação à semana passada e 48,03% abaixo da mesma semana do ano passado. As remessas do ano comercial totalizaram 39.103 MT, uma queda de 17,4% em relação a 21/20.

As ideias comerciais para o progresso do plantio de milho aumentaram para 46- 48% para a atualização do NASS desta noite, que ainda estaria abaixo do ritmo médio de 67%. Olhando para a próxima semana, alguma umidade está sendo adicionada de volta às partes das Dakotas, MN, IA e do BCE. Vide acima o relatório efetivo, divulgado depois do pregão.



GIRO PELOS ESTADOS:

  • RIO GRANDE DO SUL: Preços começa a semana estável, com o mercado olhando as fortes altas

Mercado de milho muito continuou devagar, neste início de semana, mesmo com alta em Chicago Ie talvez por isso) oscilando, comprador seguiu lateralizado. Indicação de comprador foi R$ 91,00 Santo Ângelo, R$ 92,00 Chapecó e Frederico Westfalen, R$ 94,00 Marau e R$ 95,00 Arroio do Meio e vendedor posiciona ofertas que partem de R$ 94,00 interior.

Preços de balcão, em Panambi, mantiveram a queda para R$ 83,00 ao produtor. Exportação: Até poderia pagar preços maiores pelo milho gaúcho, mas não se soube de negócios efetivados nesta segunda-feira.

  • SANTA CATARINA: Compradores e vendedores tentando se reposicionar no novo mercado

Depois dos negócios a R$ 94 feitos no dia anterior, os compradores mantiveram estes preços e os vendedores preferiram ficar de fora do mercado, pois esperam preços melhores.

Mercado continua inalterado. Comprador percebeu que poderia conseguir preço melhor e baixou, em média R$ 1,00/saca para todas as posições, de um modo geral. Os vendedores, por sua vez, continuaram pedindo uma média de R$ 95,00/saca em todas as regiões do estado.

Milho de fora do estado está sendo prejudicado pelo custo do frete. Exportação até poderia pagar preços melhores e este é o medo dos compradores.

  • PARANÁ: Ao menos cinco mil toneladas negociadas para exportação nesta segunda-feira

Com as altas em Chicago, nesta segundafeira, puxadas pelo trigo, a exportação pode pagar mais pelo milho paranaense e negociou, pelo que soubemos, pelo menos 5.000 toneladas na parte da manhã, em Paranaguá, para junho e julho a R$ 98,00 CIF. Como os preços continuaram firmes é possível que este volume tenha sido maior.

Mercado de exportação oferecendo até R$ 98,00 com liquidação em SFS e PAGUA para final de junho, até onde se sabe, ao menos 8 mil toneladas rodaram entre os dois portos. Executivos de Tradings informaram que vêm possibilidade de trabalhar o milho para meados de agosto/set na exportação, onde devem estar mais agressivos – nessa conta, entrega agosto pgto setembro por exemplo, indicaram R$ 92,00 cif SFS. Por hora, porém, a exportação está bem morna, no estado.

  • MATO GROSSO DO SUL: Novos negócios para o porto via ferrovia e direto em Paranaguá

Novos negócios, hoje, de milho do MS na ferrovia, em Maringá, com destino a Paranaguá, para julho e agosto, diante da elevação das cotações de Chicago. Preços na casa dos R$ 80,00 livre na origem e R$92,00 em Maringá, para agosto e setembro. Preço spot a R$ 78,00, sem muito comprador.

A safra começa a apresentar pequena preocupação com a falta de chuvas, mas nada ainda significativo, No entanto, o mercado começa a ficar preocupado e, pelo Chicago, já começa a precificar.



MILHO ARGENTINO: Alta em Chicago elevou os preços FOB UpRiver

Os preços FOB UpRiver, do trigo argentino voltaram a acompanhar as altas de Chicago nesta segunda-feira, como mostra nossa tabela ao lado.

Para navios Handysize os preços FOB UpRiver subiram R$ 12/t para US$ 312 para junho (sem extensão) e julho e subiram US$ 8/t para US$ 310/t para agosto e setembro, US$ 5/t para US$ 310 para safra nova, em março23.

Para os navios Panamax, foram cotados a US$ 322 para julho, nesta segunda-feira.  Contrariando o mercado, que previa safra de 51,8 MT, o relatório do USDA desta quinta-feira registrou uma produção argentina de milho de 53 MT.

MILHO PARAGUAIO: Pfreços subiram, mas simplesmente não há mais milho velho

O milho paraguaio subiu US$ 5 nas exportações pelo Rio Paraguai por US$ 250 e US$ 5 também nas regiões oeste do Paraná e Santa Catarina no Brasil por US$ 275 e US$ 290, porém, “ninguém” vendeu por medo de que as geadas a previsão para 17 a 19 de maio será confirmada, se não no Paraguai, mas em partes do Paraná e Mato Grosso do Sul, Brasil.

Os desenvolvimentos dos 1,15 milhão de hectares vão de bom a excelente e se as previsões de geadas para 17 a 19 de maio em algumas regiões não se confirmarem, devemos começar a revisar nossas estimativas de produtividade que podem ser superiores a 5,5 ton/ha e que resultaria em 6,3 milhões de toneladas. Se as previsões de geadas se confirmarem, será justamente o contrário com ajustes para menores rendimentos e produção.

A colheita do milho 2022 começou na semana de 09 a 13, mas em um campo específico na região norte do departamento do Alto Paraná. Era um campo que podia ser plantado dias perto do Natal do ano passado em clima médio a seco que parecia nunca mais voltar à normalidade, mas no referido campo em uma microrregião caiu uma chuva que permitiu a semeadura. Este campo rendeu 6,2 toneladas/ha e com excelente qualidade.

A colheita realmente começará na segunda quinzena de junho, porém, há grandes campos que serão colhidos antes do final de maio, assim como na primeira quinzena de junho e todos no extremo norte e extremo nordeste do Alto Paraná. Voltando a falar de geadas, sem elas é quase certo que teremos ajustes em nossas estimativas e para mais, com elas serão por menos.

Fonte: T&F Agroeconômica

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