O esmagamento da soja atingiu um acumulado de 3,53 milhões de t no primeiro quadrimestre de 2022, aumento de 2,96% em relação ao mesmo período do ano passado. Somente no mês de abril deste ano, o estado registrou 0,92 milhão de t de grãos processados, um aumento de 1,41% diante o mês de março.
Esse movimento é reflexo do maior preço e demanda pelo farelo e óleo. Para se ter uma ideia, as exportações desses subprodutos apresentaram alta de 12,41% e 38,91%, ante o mês de março, respectivamente.
Apesar disso, é importante destacar que em 2021 o estado teve uma menor disponibilidade da oleaginosa, principalmente em janeiro, devido ao atraso na colheita da temporada passada, limitando o ritmo de esmagamento.
Por fim, nos próximos dois meses, espera-se que o esmagamento continue em ritmo acelerado, como é observado historicamente neste período no estado.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- Dólar em queda: O dólar apontou queda de 3,67% na última semana, fechando em média a R$ 4,96/US$.
- Chicago valoriza: Devido aos baixos estoques no cenário internacional, o contrato corrente da CME-Group valorizou 1,31% no comparativo semanal.
- Prêmio em alta: Com a crescente demanda pelo grão no exterior, o prêmio portuário registrou altas por mais uma semana consecutiva, valorizando 2,64%.
Custo de produção da safra 22/23 de soja apresentou alta em abril frente ao ano passado.
O custeio da safra 22/23 da oleaginosa ficou estimado em R$ 4.827,39/ha em MT, avanço de 43,66% ante a safra passada. O principal responsável pela elevação são os fertilizantes, que seguem em alta desde a primeira estimativa da safra 22/23.
A realidade dos altos patamares de preço dos insumos tem refletido na compra dos produtos, que nesta safra já apresenta atraso de 11,98 p.p. na comercialização ante o mesmo período do ano passado.
Para se ter ideia, os preços dos macronutrientes como o Super Simples (SSP) e MAP obtiveram uma valorização de 45,98% e 45,44% ante o observado no ano passado, chegando a uma média mensal de R$ 3.832,75/t e R$ 7.283,19/t, respectivamente.
Neste contexto, a relação de troca do SSP e do MAP subiu 42,55% e 41,98% no comparativo com o observado em 2021, e para que o produtor compre uma tonelada dos produtos são necessárias 27,07 e 47,64 sacas de soja, respectivamente.
Fonte: IMEA