Segundo dados divulgados pela Bolsa de Cereais, a semeadura do milho na Argentina avançou 4,60 p.p. na última semana (até 24/10), atingindo 28,90% da área esperada para a safra 24/25, estimada em 6,30 milhões de hectares. A Bolsa ressalta que as chuvas recentes contribuíram para as condições das lavouras e facilitaram a emergência do milho.
Com isso, os produtores que semearam até o momento (24/10) encontraram uma boa umidade no solo. É importante destacar que, devido à alta incidência da cigarrinha-do-milho na safra 23/24, a área plantada nesta temporada diminuiu 20,30% na Argentina, de acordo com a Bolsa de Cereais. Assim, nesta temporada, o controle de pragas e doenças está sendo mais rigoroso no país.
Por fim, conforme o NOAA, nas próximas duas semanas, são esperadas chuvas entre 30 mm e 90 mm na maior parte do país, o que pode favorecer o avanço dos trabalhos de campo e o desenvolvimento das lavouras.
ALTA: a cotação na CME-Group aumentou 2,76% ante a última semana e ficou na média de US$ 4,16/bu, motivado pelas exportações americanas mais aquecidas na semana.
ACRÉSCIMO: o preço do milho na B3 teve incremento de 4,25% na última semana, pautado pela maior demanda pelo milho disponível. R$ 71,46/sc +4,25%.
VALORIZAÇÃO: o dólar compra PTAX fechou a semana em R$ 5,70/US$, com alta de 0,93% ante a semana passada.
De acordo com o Imea, o preço do milho disponível em Mato Grosso atingiu margens que não eram observadas há 18 meses
No dia 25/10, o preço do milho ficou cotado a R$ 52,41/sc, valor que não era visto desde o período pós-pandemia, em 27/04/23, quando o cereal alcançou R$ 50,25/sc. Com isso, a cotação do cereal fechou a semana na média de R$ 51,52/sc, registrando valorização de 4,63% em relação à semana passada.
Esse aumento foi impulsionado pela maior demanda pelo grão no estado na última semana. Quando comparado com o mesmo período do ano passado, a cotação atual do cereal está 49,69% mais alta. Esse incremento está atrelado à menor disponibilidade de milho neste ano, devido ao recuo na produção da safra 2023/24 ante a safra 2022/23, -5,33 mi de t.
Por fim, é importante destacar que, nesta época do ano, é comum que as exportações fiquem mais aquecidas, o que deve continuar estimulando a demanda e os preços no estado.
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Fonte: IMEA