A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou com preços mais altos. O mercado foi sustentado por um movimento de cobertura de posições vendidas. Os investidores também buscaram realizar uma correção técnica, após três sessões consecutivas de queda na semana passada. A desvalorização do dólar em relação a outras moedas, que torna o cereal norte-americano mais competitivo no cenário externo, completou o quadro favorável.

Ao mesmo tempo, os participantes do mercado acompanharam a continuidade da escassez de chuvas nos Estados Unidos, o que pode agravar a seca nas lavouras de trigo. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou dados sobre as condições das lavouras americanas de trigo de inverno. Segundo o USDA, até 7 de abril, 48% estavam entre boas e excelentes condições, 31% em situação regular e 21% em condições entre ruins e muito ruins.

O USDA também divulgou seu relatório sobre a evolução do plantio das lavouras de trigo primavera. Até 6 de abril, o plantio estava apontado em 3%. Em igual período do ano passado, os trabalhos chegavam a 3%. A média dos últimos cinco anos é de 3%.

Além disso, os agentes começaram a se posicionar frente ao relatório de oferta e demanda de abril do USDA. O documento vai ser divulgado na próxima quinta-feira, às 13h, com os dados do trigo da safra 2024/25, relativo a produção e estoques dos Estados Unidos e do mundo.

Segundo analistas consultados por agências internacionais, os estoques finais dos Estados Unidos em 2024/25 devem ser indicados em 822 milhões de bushels, contra 819 milhões em março. As estimativas variaram de 795 milhões a 854 milhões de bushels. Em 2023/24, foram 696 milhões de bushels.

Os estoques globais ao final de 2024/25 são esperados em 260,8 milhões de toneladas, contra 260,1 milhões em março. O volume mínimo estimado foi de 259,8 e o máximo, 262 milhões de toneladas. Em 2023/24, foram 269,5 milhões de toneladas.

Os contratos com entrega em maio fecharam cotados a US$ 5,40 por bushel, alta de 3,50 centavos de dólar, ou 0,65%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em julho encerraram a US$ 5,54 por bushel, avanço de 3,50 centavos de dólar, ou 0,63%, em relação ao fechamento anterior.

Fonte: Ritiele Rodrigues – Safras News



 

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