Houve continuidade no processo de plantio. A área semeada atingiu aproximadamente 100%, exceto em alguns casos pontuais de plantios em várzeas e em resteva de milho ou de fumo, mas que não alteram estatisticamente o índice. O desenvolvimento das lavouras mais precoces é considerado satisfatório, e o fechamento das entrelinhas está adequado.

O porte está classificado como mediano devido às limitações impostas pelo excesso de umidade no solo e pelos grandes períodos nublados, que sucederam ao plantio. Já para as cultivares com hábito de crescimento indeterminado, desde que as condições ambientais se mantenham favoráveis nos próximos meses, espera-se uma elevação do porte das plantas e a emissão de novos nós no caule após o início da fase de floração.

Em uma parte do Estado, onde os volumes de precipitação têm sido menores desde o final de dezembro ou em solos mais drenados, algumas lavouras começaram a manifestar sinais de déficit hídrico, especialmente as recémestabelecidas. A estimativa de plantio para a Safra 2023/2024 é de 6.745.112 hectares, e a perspectiva de produtividade é de 3.327 kg/ha.

Em relação ao aspecto fitossanitário, prosseguiu o monitoramento da ferrugem asiática e a aplicação de fungicidas de forma preventiva, além do controle químico de ervas concorrentes.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, os produtores ainda têm alguns dias de trabalho para finalizar a semeadura. O acumulado de chuvas, desde meados de dezembro, diminuiu significativamente, resultando em relatos mais frequentes de falta de umidade para a germinação uniforme das últimas lavouras plantadas. Em decorrência do atraso na conclusão do plantio, algumas áreas dessecadas, há várias semanas, foram infestadas por caruru – planta daninha que se beneficia das altas temperaturas.

Nesse cenário, alguns agricultores optam por gradar o solo e utilizar herbicidas pré-emergentes logo após o plantio. Já outros preferem herbicidas hormonais por meio da aplicação sequencial de produtos de contato para evitar a mobilização do solo, embora ambas as opções aumentem consideravelmente os custos. Nas lavouras já estabelecidas, em que os sistemas radiculares estão mais desenvolvidos, ainda não são observados sintomas evidentes de estresse hídrico; porém, as plantas não conseguem atingir sua máxima capacidade de crescimento.

Em Aceguá, estima-se perda de cerca de 5% em relação ao potencial produtivo inicial, principalmente em razão da baixa população de plantas em várias lavouras. Em Hulha Negra, foram necessárias aplicações de fungicidas e inseticidas em decorrência da presença de doenças de final de ciclo e da desfolha causada por ataques de vaquinha. Em Dom Pedrito, o plantio ainda não foi finalizado, e houve necessidade de replantio.

As perdas foram consideráveis em áreas estabelecidas em várzeas; alguns produtores desistiram do cultivo em função do risco constante de encharcamento nessa condição topográfica. Na Fronteira Oeste, os altos volumes de chuvas devem proporcionar umidade satisfatória para o desenvolvimento da cultura até o final de janeiro. Em Santana do Livramento, 95% da área está plantada. Há lavouras em excelentes condições junto a outras que apresentam falhas e baixo vigor, estabelecidas nas últimas semanas. Em São Borja, a semeadura está próxima da conclusão.

Restam ainda as áreas a serem implantadas após a colheita do milho e algumas várzeas onde não foi possível a entrada do maquinário devido ao excesso de umidade. As lavouras apresentam bom potencial produtivo. Em São Gabriel, as condições climáticas favoreceram a conclusão dos trabalhos de plantio e de replantio. As lavouras se desenvolvem adequadamente, embora sejam observadas falhas de população em algumas áreas.

Na de Caxias do Sul, as lavouras encontram-se em fase plena de crescimento, destacando-se pelo elevado potencial produtivo, favorecido pelas precipitações de  intensidade moderada. A cultura não apresenta complicações significativas em relação à
ocorrência de doenças ou infestações por pragas. Na de Frederico Westphalen, 50% das lavouras encontram-se em fase vegetativa, 40% em floração e 10% em formação de grãos. Algumas localidades não registraram precipitações nas últimas semanas, e determinadas lavouras passam por estresse hídrico.

No contexto geral, o potencial produtivo, até o momento, está bastante promissor. Na de Passo Fundo, a cultura está atualmente em fase de desenvolvimento vegetativo (75%) e floração (25%).

Na de Pelotas, o plantio foi concluído, exceto em Santa Vitória do Palmar, onde a operação ainda não foi finalizada. A maioria das lavouras encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo, apresentando condições excelentes. Algumas áreas menores, que foram plantadas posteriormente e germinaram em períodos de excesso ou escassez de umidade no solo, estão sendo replantadas. O estado sanitário das lavouras é considerado excelente.

Na de Santa Maria, a semeadura está tecnicamente finalizada. É possível observar lavouras em diferentes estágios, desde a fase de emergência até pleno enchimento de grãos.

Houve avanço significativo nos trabalhos de aplicação de fungicidas e inseticidas. Na de Santa Rosa, a maior parte das lavouras está em desenvolvimento vegetativo (60%); em florescimento, 35%; e em enchimento de grãos, 5%. Na de Soledade, a semana de clima favorável permitiu concluir a semeadura, mas as áreas secundárias de milho silagem ainda estão sendo cortadas. As lavouras apresentam bom desenvolvimento e fechamento de entrelinhas em virtude das condições ideais de radiação solar, de temperatura e umidade do solo.

A incidência de pragas está baixa. Quanto ao estágio de desenvolvimento, 90% encontra-se em fase vegetativa, 9% em florescimento e 1% em enchimento de grãos.

Comercialização (saca de 60 quilos)

O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 3,60%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 125,56 para R$ 121,04.

Fonte: Emater/RS



 

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