A reavaliação da safra de inverno indica que a área cultivada atinge 1.458.026 hectares. A produtividade estimada é de 3.210 kg/ha.

A cultura apresenta excelente potencial produtivo e evoluiu mais rapidamente para a finalização do ciclo. A maturação alcançou 62% das lavouras, e a colheita intensificou-se, especialmente na Região Oeste do Estado, alcançando 12% da área cultivada. Embora a evolução no período, o atraso aumentou em relação à média das últimas cinco safras, pois, nesta mesma época do ano, o índice de colheita superava 60%. Os fatores para essa demora foram a semeadura mais tardia e uma desuniformidade na maturação das lavouras.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Caçapava do Sul, onde foi implantada a maior área de trigo da Campanha, a colheita já alcançou 10%. Restam 50% das lavouras em fase de maturação e 40% em fase de enchimento de grãos. Há apreensão causada pelos frequentes ventos fortes, embora ainda não tenham ocorrido relatos de perdas por acamamento de plantas. Em Aceguá, Bagé, Dom Pedrito, Hulha Negra e Candiota, onde a implantação ocorreu de forma mais tardia, as lavouras ainda estão entre o final da fase vegetativa e a fase de floração. Os produtores monitoram de maneira mais frequente a incidência de doenças já que algumas lavouras estão chegando no início da fase reprodutiva. Na Fronteira Oeste, em Maçambará, a colheita alcança 15% da área cultivada com a produtividade oscilando entre 3.300 e 3.900 kg/ha e PH entre 78 e 82. Uma pequena parte das lavouras que estavam maduras e com atraso na colheita sofreram redução de PH em função das chuvas. Continuam os relatos de incidência de pulgões, com necessidade de aplicação de inseticidas a fim de evitar maiores prejuízos. Em Manoel Viana, a produtividade supera os 3.300 kg/ha, estimados no início da safra. Em São Borja, com 20% da área colhida, as produtividades estão em torno de 3.600 kg/ha e PH de 79.

Na de Caxias do Sul, 90% das lavouras, localizadas em regiões de maior altitude, encontram-se em floração e em início de formação do grão. Nas de menor, estão em enchimento de grãos e maturação. A colheita deverá iniciar nos próximos dias, assim que predomine o tempo mais seco. O aspecto das lavouras é muito bom, apresentando boa sanidade e mantendo a expectativa de bom rendimento e qualidade de grãos.

Na de Frederico Westphalen, 60% dos cultivos estão em maturação e 7% foram colhidos. É significativa a presença de azevém nas lavouras de trigo, o que provoca dificuldades na colheita e aumento de impurezas.

Na regional de Ijuí, a cultura está com 88% em maturação e mantém o alto potencial produtivo. A colheita alcançou 5% da área cultivada. Em Catuípe, a produtividade varia de 2.100 a 4.200 kg/ha. Nas lavouras com menor produtividade, houve danos ocasionados pelas geadas, doenças e concorrência com invasoras, que comprometeram o rendimento. A produtividade tende a aumentar, pois as lavouras remanescentes apresentam melhores condições. Em Tenente Portela, a colheita já atinge 20% da área cultivada, e a alta ocorrência de chuvas em outubro causou pequena diminuição do peso hectolitro (PH) do produto colhido, mas não comprometendo a qualidade final do trigo.

Na de Pelotas, predomina a fase de enchimento de grãos, com 65% da área. Em florescimento são 10% e em maturação, 25%. A projeção de produtividade varia de 2.700 e 3.000 kg/ha. Na de Passo Fundo, 30% estão em maturação fisiológica, 67% em enchimento de grãos, e 3% colhidos. As lavouras mantiveram o excelente potencial produtivo.

Na regional de Porto Alegre, em Sertão Santana, houve queda de granizo e ventos fortes em parte das lavouras, causando danos de 30% e perda total em pequena área.

Na de Santa Rosa, 62% das lavouras em maturação. A partir de 28/10, a colheita avançou rapidamente, alcançando cerca de 25% da área. A produtividade é superior à expectativa inicial, com alta qualidade de grãos, e volumes entre 3.600 e 4.200 kg/ha.

Na de Soledade, o cenário é de maturação fisiológica, com 62% nessa fase; em enchimento de grãos, 35%; e 3% estão em maturação. As condições climáticas de radiação solar, temperaturas e umidade dos solos seguem em patamares satisfatórios ao desenvolvimento, mantendo excelente potencial produtivo da cultura.

Comercialização (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar, o valor médio apresentou acréscimo de 0,14% em relação à semana anterior, passando de R$ 96,00 para R$ 96,13. O preço para o produto disponível em Cruz Alta foi de R$ 102,00.

Fonte: Informativo Conjuntural n° 1735 – Emater/RS



 

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