No mês de set.21, o esmagamento de soja em MT somou 757,35 mil toneladas, o que representa um decréscimo de 5,41%, ante o mês anterior. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o processamento do grão também exibiu queda de 3,94%.
Dentre os fatores que limitaram o crescimento no volume esmagado destacam-se a parada pontual para manutenção de algumas indústrias, além da influência da menor disponibilidade de soja no último trimestre do ano, uma vez que a produção da safra 20/21 já contava com 96,26% da sua produção comercializada em setembro.
Além disso, a redução na mistura obrigatória do biodiesel no diesel para 10% fez com que a demanda pelo processamento da oleaginosa fosse menor no período.
Por fim, o Instituto estima que até o final da temporada 20/21, sejam esmagados 10,38 milhões de toneladas, volume 0,14% maior em relação ao que foi visto na safra anterior.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- MT subindo: acompanhando a elevação do dólar e do mercado internacional, o preço
disponível da soja em MT apontou alta de 2,31% no comparativo semanal. - CME em alta: com o avanço da colheita nos EUA e o aquecimento na demanda, o preço para a soja na CME-Group indicou elevação de 1,11% ante a semana passada.
- Menor diferença: a alta do dólar, no comparativo semanal, influenciou uma queda na diferença de base entre o preço MT e o preço em Chicago, estimada em R$7,77/sc.
As importações de fertilizantes realizadas em MT atingiram o maior volume da série histórica em setembro, somando 977,54 mil t.
Se comparado o volume adquirido pelo estado até set.21 com o acumulado de jan a set do ano passado, as compras deste ano superam em 29,09%, indicando um maior investimento por parte dos produtores, bem como o aumento na área semeada.
É importante destacar que as compras de fertilizantes para a safra 21/22 de soja começaram em ago.20 e, até dez.20, havia 51,18% comercializado. Assim, o Instituto estima que cerca de 95% dos fertilizantes já foram recebidos nas fazendas, e a expectativa é de que 100% das entregas sejam realizadas até o fim do semeio.
Dessa forma, apesar da atual restrição nas exportações dos fertilizantes da China e Bielorrússia – principais ofertantes mundiais -, o nível das importações em MT revela que a oferta dos insumos para a safra 21/22 da oleaginosa está garantida.
Por outro lado, a situação traz um alerta para a segunda safra, que pode ser impactada pela escassez global dos fertilizantes.
Fonte: IMEA