A estimativa de área de milho primeira safra, na temporada 2019/20, é de 4.147,9 mil hectares, 1,1% maior que a área cultivada na safra 2018/19, influenciada pelas boas cotações atuais do cereal. As lavouras já se encontram totalmente semeadas na Região Centro-Sul e Matopiba e apresentam bom desenvolvimento vegetativo.
Com relação ao plantio da segunda safra, previsto para iniciar em janeiro, existe ainda um quadro de indefinição com relação à amplitude no aumento da área plantada. O atraso no plantio da soja em todo o país, principal liberador de área para o plantio da segunda safra do cereal, por conta da falta e da desuniformidade das chuvas, criou uma expectativa de risco por conta do ciclo da soja, que poderá ter sua evolução avançando sobre fevereiro, e encurtar a janela de plantio favorável ao milho de segunda safra.
A Conab passará a acompanhar a oferta do cereal produzido na região da Sealba (Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia), como também no Amapá e Roraima, que produzem num calendário parecido com o do Hemisfério Norte, cujo plantio se concentra no período entre maio e junho. Para esse milho, dito de terceira safra, a produção inicialmente estimada será de 1,15 milhão de toneladas.
Dessa forma, a estimativa nacional do plantio do milho considerando a primeira, segunda e terceira safras, na temporada 2019/20, deverá apresentar crescimento de 0,2% em comparação a 2018/19 e resultar em uma produção de 98,7 milhões de toneladas.
A safra 2018/19 entra em seu último mês com um novo ajuste de aumento de exportações para o final deste ano-safra. Isso ocorreu por que em dezembro foram embarcadas 4,4 milhões de toneladas de milho, totalizando, de fevereiro a dezembro, 39,5 milhões.
Somado a isso, as expectativas para janeiro indicam um volume que variam de 1,2 a 1,3 milhão de toneladas. Assim, como sabe-se que podem ser feitos ajustes nestes indicativos para cima, acredita-se que a estimativa ajustada para 41,5 milhões de toneladas, até o final do mês corrente, é bastante factível. Mesmo por que o mercado ainda segue com valores paritários vantajosos ao produto brasileiro, sobretudo do local onde há o estoque, que é a Região Sul do país.
Nesse cenário, os estoques iniciais da safra 2019/20 decresceriam bastante, chegando a 11,5 milhões de toneladas, o que preocupa o setor de proteína animal, pois já existe um bom volume de milho segunda safra comercializado, muito provavelmente com maior direcionamento ao setor de etanol e para exportação.
As exportações da safra 2019/20, que já é menor que à da 2018/19, deve também ser menor, visto que a competição com o setor de etanol de milho está se acirrando cada vez mais, sobretudo com novas plantas iniciando o esmagamento.
O consumo doméstico permanece estimado em 68,1 milhões de toneladas, visto que ainda se tem somente uma estimativa de incremento do plantel de aves e suínos. Contudo, se o cenário de aumento de importações chinesas de carne brasileira se consolidar em 2020, pode ser realizado um ajuste no consumo, diante de um novo ajuste do plantel de aves e suínos, principalmente.
Assim, o estoque final da safra deve chegar a 9,1 milhões de toneladas. No cenário atual isso gera a menor relação estoque consumo desde a safra 2012/13 e, por isso, os preços internos do milho tendem a continuar firmes e em patamares elevados.
O consumo doméstico permanece estimado em 68,1 milhões de toneladas, visto que ainda se tem somente uma estimativa de incremento do plantel de aves e suínos. Contudo, se o cenário de aumento de importações chinesas de carne brasileira se consolidar em 2020, pode ser realizado um ajuste no consumo, diante de um novo ajuste do plantel de aves e suínos, principalmente.
Assim, o estoque final da safra deve chegar a 9,1 milhões de toneladas. No cenário atual, isto gera a menor relação estoque consumo desde a safra 2012/13 e, por isso, os preços internos do milho tendem a continuar firmes e em patamares elevados.
Confira aqui o Boletim completo do 4º Levantamento – Safra 2019/20.
Fonte: Conab