Custos altos ou baixos: Mais da metade da comercialização dos insumos para a safra 19/20 foi adquirida até julho e, com isso, é importante agora o acompanhamento dos custos de produção, principalmente por parte dos produtores que ainda não adquiriram seus insumos.

No mesmo mês, os custos operacionais para a próxima safra de milho apresentaram leve recuo de 0,31% comparado a junho, registrando um valor de R$ 2.695,81/ha, em decorrência da queda no dólar, de 0,96% no mesmo período. Porém, no comparativo com a safra 18/19, foi observado um aumento de 11,68% no mesmo custo, também pautado no dólar, mas dessa vez pela alta da taxa cambial de 7,51% ante ao mesmo período do ano passado.

Dessa forma, os produtores precisam estar atentos quanto a produtividade da próxima safra, visto que ainda é incerta, sendo necessário alcançar médias altas, assim como na safra 18/19, para conseguir cobrir os custos de produção.

Confira os principais destaques do boletim:

• O indicador de preço Imea – MT apresentou desvalorização de 1,98% em relação à semana anterior, em decorrência, principalmente, da alta disponibilidade do cereal no mercado interno.

• O preço paridade exportação (jul/20) encerrou a última semana em queda de 0,44%, chegando a R$ 20,15/sc, pautado, sobretudo, pela queda nas cotações da Bolsa de Chicago (CMEGroup).

• O dólar corrente encerrou a semana com variação positiva de 1,66% e cotação média de R$ 4,07/US$, em consequência do anúncio de novas taxações chinesas sobre as importações dos EUA.

• As relações CT/Disponível e CT/Paridade (jul/20) fecharam com valorizações de 1,97% e
0,41%, respectivamente, pautadas na queda do indicador Imea e no preço paridade.



ARMAZENAMENTO: A produção de milho no estado de MT vem ganhando força e já alcançou 31,08 milhões de toneladas em 2019, aumento de 75,71% se comparado à safra
13/14 e 38,58% superior à média das últimas cinco safras.

No entanto, o aumento da capacidade estática de armazenagem não foi na mesma proporção. Segundo a Conab, a capacidade atual do estado para grãos é de 37,74 milhões de toneladas, porém, de acordo com a metodologia da FAO, o ideal seria de 75,05 milhões de toneladas, ou seja, 20% a mais sobre a atual produção de soja e milho, o que evidencia um déficit de 38,56 milhões de toneladas.

Neste sentido, as preocupações quanto ao armazenamento de milho começam a repercutir, uma vez que a produção de soja não foi totalmente escoada, comprometendo assim o milho que ainda precisa ser negociado.

Diante disso, os produtores precisam ficar alertas aos gargalos logísticos do momento, sobretudo, ao período de entrega dos contratos para a safra 18/19.

Fonte: IMEA

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.