Até segunda-feira (24/10) a colheita do milho nos Estados Unidos chegou a 61% das áreas semeadas na safra 22/23, representando um avanço de 14 p.p. em relação a semana passada. Esse ritmo está atrelado as condições de seca nas regiões que vem auxiliando os trabalhos a campo.
Contudo, para o cenário de escoamento dos grãos no país, as condições climáticas vem impactando no escoamento da produção, tendo em vista a redução no nível do Rio Mississipi, principal meio de escoamento do Meio oeste americano. No que tange às exportações do milho norte-americano, do dia 6/10 até 13/10, o embarque acumulado na semana foi de 829,75 mil toneladas (t), uma queda de 60,91% em relação ao mesmo período de 2021.
Com isso, ao analisar o acumulado das exportações para a safra 22/23, até o momento, os envios de milho ao exterior estão 1,24 milhão de t abaixo se comparado com o mesmo período da safra passada.
Confira os destaques do boletim:
INDICADOR IMEA: a cotação do milho matogrossense recuou 1,66% na semana e ficou precificado em R$ 63,38/sc. A queda seguiu a cotação do cereal na bolsa de Chicago.
CEPEA: o preço do milho em Campinas apresentou alta semanal de 1,39% devido ao aquecimento na exportação brasileiras e menor oferta mundial.
DÓLAR CORRENTE: a moeda recuou 0,52% na última semana e ficou cotada a R$ 5,26/US$ devido às especulações do mercado em torno da eleição brasileira.
Exportações do milho brasileira para a União Europeia (UE) apresentam elevação expressiva para a safra 21/22
As exportações já acumulam 5,22 milhões de t entres os meses de jan.22 a set.22. Esse volume representa um aumento de 93,51% no comparativo com o mesmo período da safra passada e já superaram em 2,52 milhões de t o montante importado pela UE na temporada 20/21.
Esse incremento tem ocorrido, principalmente, devido ao corte na oferta da Ucrânia, principal fornecedor de milho do bloco econômico, que teve os embarques do cereal prejudicados pela guerra. Além disso, a Comissão Europeia estima uma redução da produção do milho europeu para a safra 22/23 em 23,35% frente à safra passada, em decorrência de problemas climáticos que os países vem enfrentando.
Assim, com a menor oferta do cereal europeu, em conjunto com o cenário de menores embarques da Ucrânia, é esperado que a demanda pelo cereal brasileiro continue aquecida para a temporada.
Fonte: Boletim semanal n° 723 – Milho – IMEA