Durante o último mês de set.22, as vendas do milho em Mato Grosso atingiram 78,48% das 43,84 milhões de toneladas da produção estimada para a safra 2021/22, o que representa um avanço mensal de 4,82 p.p.
Os melhores patamares de preços observados no estado no último mês, a necessidade de escoar a produção recorde e a maior demanda do cereal para a exportação no período em decorrência da guerra na Ucrânia, estimularam o produtor de MT a travar novos negócios.
Contudo, apesar do bom avanço, as vendas da atual safra se encontram 10,73 p.p. atrasadas em relação ao mesmo período da safra passada. No que tange aos preços, a média comercializada em set.22 foi de R$ 66,03/sc no estado, o que representa um aumento de 3,50% em relação ao mês anterior, reflexo do incremento de 7,48% na cotação do contrato corrente do milho em Chicago e a valorização do real frente ao dólar.
Confira os destaques do boletim:
- CHICAGO: a cotação do cereal na CBOT apresentou alta de 1,65% na última semana. Esse movimento foi devido à aversão ao risco dado o aumento da inflação americana.
- INDICADOR IMEA: o preço do milho no estado caiu 1,30% em relação à semana passada, influenciado pela desvalorização do real ante ao dólar, ficando cotado a R$ 64,77/sc.
- B3 CORRENTE: a cotação do milho na B3 fechou a semana com queda de 2,88%. Essa
contração ocorreu devido à menor demanda para exportação durante o período.
Demanda mundial aquecida pelo milho pauta aumento nas exportações do cereal de Mato Grosso no mês de set.22
Os dados divulgados pela Secex essa semana indicaram um volume exportado de 2,77 milhões de toneladas (t) de milho de Mato Grosso durante o mês de set.22, aumento de 38,06% ante a set.21. Com isso, o volume acumulado até o momento da temporada (jul. a set.) foi de 10,41 milhões de t, 45,38% a mais em relação ao mesmo período de 2021.
Os principais países que pautaram esse aumento na demanda externa pelo cereal matogrossense, foram o Irã, a Espanha, a Colômbia e o Egito, com 14,99%, 12,47%, 10,17% e 8,30% de participação, respectivamente.
Para se ter ideia, a Colômbia demandou 1,05 milhão de t, alta de 124,35%, e subiu de 4º para 3º maior demandante, já o Egito importou 864,38 mil t, adição de 108,96%, passando de 5º para 4º colocado. Quem perdeu espaço nos envios foi o Japão, que apesar da alta de 1,68%, passou de 3º para 5º colocado.
Fonte: Imea