Foi divulgado na última segunda-feira (16/08) o custo de produção ponderado da soja em Mato Grosso para a safra 21/22, que trouxe novos aumentos no comparativo de jul.21 ante a jun.21.
O principal ajuste foi no custeio da soja GMO, que apresentou elevação de 0,58%, impulsionado pela valorização do câmbio no último mês, o que acabou encarecendo alguns insumos importados e cotados a dólar, como os inseticidas (+1,34%), macronutrientes (0,80%) e herbicidas (0,20%).
Com isso, o custeio ficou estimado em R$ 2.868,39/ha. Além disso, com o intuito de melhorar as entregas e de atender a demanda dos demais agentes da cadeia produtiva da oleaginosa, e principalmente os produtores rurais do estado, o Instituto retornará com a divulgação do custo mensal da soja, com a finalidade de demonstrar os principais componentes de custo que incidem sobre o custeio agrícola mensalmente.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- Segue em alta: a forte demanda pela soja mato-grossense na última semana favoreceu uma elevação de 2,06% no preço disponível da saca de 60 kg dentro do estado.
- CME em queda: o principal contrato de referência para a soja norte-americana apresentou desvalorização de 5,52%, pressionada por realização de lucros.
- Brasil em alta: o Indicador Cepea para a saca de soja no Brasil apresentou valorização de 2,49% na última semana, impulsionada por uma menor oferta no mercado interno.
Com o mês de setembro se aproximando no estado, o foco dos players fica com a previsão climática, que promete bons volumes para o Brasil, com exceção da parte sul.
Segundo o modelo climático Ensemble Mean, previsto pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), o mês de set.21 deve receber volumes de chuvas acima da média dos últimos anos em Mato Grosso, o que pode favorecer uma semeadura mais adiantada em comparação com a safra 20/21.
Com relação a out.21, período crucial para o desenvolvimento do grão, o órgão norte-americano traz volumes favoráveis para Mato Grosso, o que deve ajudar a aliviar o déficit hídrico no solo, fator fundamental para garantir a germinação das sementes.
Vale ressaltar que, embora sejam esperados bons volumes de chuvas, é importante que ocorra uma uniformidade na distribuição inicial das precipitações, cenário oposto ao observado no início da temporada anterior.
Fonte: IMEA