Com 108,63 sc/ha, o título de campeão do desafio de produtividade CESB, safra 22/23 da região Norte, categoria sequeiro, vai para o Grupo Gorgen, Fazenda São Gabriel, em Mateiros – TO. A fazenda conta com uma área total de 6.500 ha, das quais, 4.200 ha são destinadas a cultura da soja, com produtividade média a nível de propriedade de 84 sc/ha.

A área destinada a ao concurso, cuja produtividade de 108,63 sc/ha foi obtida era de 2,7667 ha, com plantio direto a quatro anos. O sistema de produção baseou-se na rotação de culturas, com a cultura da soja (18/19), milho + braquiária (19/20), algodão (20/21), soja e crotalária (21/22) e soja (22/23). Antecedendo a safra 19/20, foram aplicadas 2 t/ha de Calcário dolomítico e 1t/ha de gesso agrícola, incorporados com grade. Posteriormente, o solo foi manejado com escarificador.

Chuvas bem distribuídas, totalizando o volume acumulado de 375,2 mm durante o período vegetativo e 615,4 mm durante o período reprodutivo da soja, foram observadas durante a safra 22/23 na área de cultivo. O solo não apresenta restrições e/ou impedimento físico ao crescimento radicular da soja. Além disso, o crescimento radicular foi favorecido pelo teor de Cálcio e ausência de Alumínio em profundidade.

A cultivar utilizada foi a MONSOY M8349 IPRO, com 95% de germinação e 92% de vigor. Semeada dia 30/10/2022, a população almejada era de 180.000 plantas/ha, já a população real obtida foi de 170.000 plantas/ha, resultando em grãos com PMG obtido de 221g. A adubação pré-semeadura contou com 150 kg/ha de KCl (00-00-60), distribuído a lanço, resultando em 90 kg/ha de K2O. Já na semeadura, foram adicionados 250 kg/ha de fertilizante formulado 08-30-12, distribuído via sulco, totalizando 20 kg/ha de N, 75 kg/ha de P2O5 e 30 kg/ha de K2O.

Com relação a inoculação, nutrição e uso de biofertilizantes, a inoculação via sulco contou com Bacillus subtilis, Azospirillum brasilense, Trichoderma spp., Bacillus amyloliquefaciens e Bradyrhizobium spp. Já o tratamento de sementes foi realizado on farm, com Co e Mo, além de Bradyrhizobium spp. No estádio V4 foi realizada a aplicação de Manganês, em  V8 de Manganês, Cobalto e Molibdênio e em R2 Cobre. O manejo fitossanitário adotado nos períodos vegetativo e reprodutivo da soja podem ser observados nas figuras 1 e 2 respectivamente.



Figura 1. Tratamento fitossanitário adotado durante o período vegetativo da soja, safra 22/23, Fazenda São Gabriel, Mateiros – TO, CESB 2023.

Figura 2. Tratamento fitossanitário adotado durante o período reprodutivo da soja, safra 22/23, Fazenda São Gabriel, Mateiros – TO, CESB 2023.

A análise do custo de produção e lucratividade (figura 3) indicou um custo total de R$ 6285,00, por hectare, com receita líquida de R$ 9.792,24 R$/ha e lucratividade líquida de 60,91%, resultando em um retorno sobre o Real investido de R$ 1,56.

Figura 3. Análise do custo de produção e lucratividade, safra 22/23, Fazenda São Gabriel, Mateiros – TO, CESB 2023.

Com maior ecoeficiência em comparação a média da região Norte, para cada kg de soja produzida, houve redução de 34% da emissão de CO2, redução de 51% do esgotamento de recursos hídricos, redução de 81% do consumo de recursos minerais e metais, e redução de 18% do uso da terra.

Segundo o consultor Edinei Antonio Fugalli, dentre os fatores que fizeram a diferença para a obtenção da produtividade campeã, destacam-se o clima favorável, o manejo e correção do solo, a genética e qualidade das sementes.

Confira o case completo do Campeão clicando aqui!

Referências:

CESB. CASE CAMPEÃO: REGIÃO NORTE: CATEGORIA SEQUEIRO, SAFRA 22/23. Comitê Estratégico Soja Brasil, 2023. Disponível em: < https://www.cesbrasil.org.br/case-campeao-centro-oeste-safra-22-23-copy/ >, acesso em: 03/07/2023.

 

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