A colheita do algodão da safra 22/23 iniciou-se nos EUA. Dessa forma, 11,00% da área total estimada para o país já foi colhida. No que tange ao Texas, maior produtor do país, o estado já colheu 20,00% da área total prevista para a temporada, 2,00 p.p. à frente do mesmo período da safra 21/22.
Cabe destacar que as adversidades climáticas registradas nos EUA durante a maior parte do ciclo comprometeu negativamente as lavouras do país, principalmente as localizadas no Texas, região mais afetada pela seca intensa. Diante disso, apenas 33,00% das lavouras dos EUA encontram-se em condições consideradas boas e excelentes, 31,00 p.p. inferiores ao que foi observado no mesmo período do ano passado.
Assim, segundo o USDA, é esperado que 57,11% da área total estimada para a temporada (5,58 milhões de hectares) seja abandonada, a maior taxa já registrada da série histórica do departamento.
Confira os destaques do boletim:
- QUEDA: como reflexo da baixa nas cotações do algodão na bolsa de NY, o preço Imea da pluma exibiu recuo de 3,89% em relação à semana passada, cotado na média de R$ 201,11/@
- REDUÇÃO: em resposta à maior oferta do subproduto disponível no estado, a torta de algodão expôs queda de 0,91% na semana, cotada na média de R$ 1.500,63/t.
- INCREMENTO: o preço do poliéster apresentou aumento de 1,99% no comparativo semanal, dessa forma o produto foi precificado na média de ¢ US$ 42,86/lp.
O USDA estima uma produção mundial de 25,79 milhões de toneladas para safra 22/23 do algodão
Diante disso, a produção mundial de pluma exibiu alta de 1,22% em relação à última projeção. Esse incremento foi pautado, principalmente, pela elevação de 9,85% na produção dos EUA, uma vez que, apesar de grande parte das lavouras estarem em condições consideradas ruins, houve um aumento na estimativa de área plantada do país.
Já o consumo global da fibra indicou uma leve queda de 0,39% ante a ago-22, puxada pela menor demanda oriunda do Paquistão e Vietnã (grandes consumidores mundiais da pluma).
Contudo, esse volume ainda é 0,04% maior que a produção estimada. Assim, o estoque final ficou previsto em 18,45 milhões de t, incremento de 0,43 mil t ante a última projeção. Por fim, diante do aumento na produção global aguardada para o ciclo, os contratos futuros de dez-22 e jul23 na bolsa de NY exibiram recuo de 0,77% e 0,89% no comparativo semanal, cotados a ¢ US$ 102,66/lp e ¢ US$ 94,26/lp, respectivamente.
Fonte: IMEA