No mês de mar.22, a média das cotações da paridade de exportação de milho em Mato Grosso para o contrato de jul.22 apresentou um aumento expressivo de 17,44% ante a fev.22 e ficou cotado a R$ 76,59/sc.
Nesse sentido, à alta está ligada a menor produção na safra sul-americana, bem como às incertezas quanto a oferta da safra ucraniana de milho que vem preocupando o mercado desde o início da guerra, causando impacto expressivo nas cotações na bolsa de Chicago e nos prêmios dos portos do país. Contudo, na primeira quinzena de abr.22, a paridade no estado já exibe queda de 7,09% se comparado com a média do mês passado e ficou cotado a R$ 71,15/sc no estado.
Assim, apesar das cotações da CME Group ainda estarem em alta nessa primeira quinzena, não foram suficientes para continuar impactando na alta da paridade de exportação no estado, que por sua vez, foi pressionado pela desvalorização de 5,54% do real frente ao dólar norte-americano se comparado ao mesmo período, que ficou cotado a uma média de R$ 4,71/US$.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- Queda: segundo os dados do Instituto, o preço médio do milho negociado em MT registrou retração de 1,92% ante a semana passada, cotado a R$ 73,07/sc.
- Alta: devido às perspectivas do aumento na mistura de etanol na gasolina nos EUA, o preço em Chicago valorizou 2,63% ante a semana passada, e ficou cotado a US$ 7,79/bu.
- Aumento: influenciada pela alta nos preços do mercado externo, a bolsa brasileira apresentou leve elevação de 0,43%, com valor médio de R$ 87,87/sc.
O Imea divulgou na última segunda-feira (18/04) a nova estimativa de OeD de milho em MT.
Para a temporada 2021/22, a oferta ficou prevista em 40,57 milhões de toneladas (t), variando 2,30% se comparado com o relatório anterior e 24,91% a mais que a safra passada, motivado pelo aumento da área e boas perspectivas climativas no estado. Já à demanda, ficou estimada em 40,55 milhões de t, o que representa um aumento de 2,28% ante ao último relatório e 24,55% frente ao ciclo anterior.
Desse resultado, o destaque se deu para as exportações, que totalizaram 25,20 milhões de t nessa previsão, reajuste de 4,14% se comparado com o último relatório, em detrimento das incertezas em relação à oferta do milho ucraniano e a quebra produtiva da safra de milho sul-americana, que podem refletir no aumento da procura pelo cereal mato-grossense.
Com isso, é esperado que os estoques de passagem para a safra 2021/22 no estado sejam de 0,02 milhões de t. Para ler o relatório na integra, acesse.
Fonte: IMEA