O Imea divulgou a primeira estimativa de 2020 para oferta e demanda para a pluma de algodão em Mato Grosso, trazendo revisões para a safra 2018/19 e a segunda projeção para a safra que foi semeada (2019/20).
Para a safra disponível (2018/19), a principal mudança foi no consumo interestadual, que aumentou 4,28% em relação ao último relatório. No que tange à safra 2019/20, a oferta foi ampliada em 2,85% em relação ao dado anterior, ficando prevista em 1,93 milhão de toneladas.
Do lado da demanda, a projeção para as exportações na safra 2019/20 está prevista para 1,25 milhão de toneladas, um recuo de 1,52% ante a passada. Desse modo, segundo o Instituto, com os reajustes tanto do lado da oferta quanto do lado da demanda, a expectativa é que os estoques finais da safra 2019/20 avancem 65,68% no comparativo com a safra disponível. Para mais informações acesse aqui.
Confira os principais destaques do boletim:
• O preço Imea-MT apresentou uma queda de 1,80%, ficando cotado a R$ 86,63/@ na semana.
• As cotações da bolsa de Nova York voltaram a cair na última semana, devido ao cenário internacional. Sendo assim, o contrato jul/20 recuou 1,23%, a um valor médio de ¢US$ 52,99/lp.
• Mesmo com a valorização da moeda norte-americana a paridade de exportação dez/20 apresentou uma retração de 0,80%, ficando cotada a um preço médio semanal de R$ 91,59/@.
• O dólar exibiu uma valorização na semana, devido às incertezas quanto à Covid19 e os seus impactos na economia de grandes potências como os EUA e a China. Sendo assim, a moeda norte-americana apresentou uma alta de 0,58%.
Despesas:
Em Mato Grosso, os custos com a produção do algodão para a safra 20/21 ficaram maiores no mês de março. Dessa forma, quando comparado a fevereiro, o custo variável aumentou 2,09%, ficando estimado em R$ 8.924,89/ha.
Nesse sentido, o custo operacional seguiu a mesma trajetória de alta e valorizou 1,95%, previsto em R$ 9.583,68/ha. Tal avanço está atrelado à constante valorização da moeda norte-americana durante o mês de março, refletindo-se diretamente nos insumos que são cotados pelo dólar, como: micronutrientes, fungicidas, herbicidas e sementes de algodão.
Sendo assim, para que o produtor consiga cobrir seus custos é preciso que negocie a sua pluma pelo menos a um preço médio de R$ 77,07/@. Por fim, alguns cotonicultores do estado ainda não começaram a travar seus custo para safra, podendo se refletir no futuro, principalmente, se o dólar continuar em altos patamares como tem se observados nos últimos meses.
Fonte: Imea