Após várias semanas em queda nas cotações, os subprodutos do algodão voltaram a exibir alta. Na última semana, o caroço e a torta valorizaram 5,77% e 2,94% no comparativo semanal, ficando cotados a uma média de R$ 1.431,21/t e R$ 1.389,69/t, respectivamente.
O aumento no preço do subproduto esteve atrelado à menor oferta no estado e à demanda aquecida neste período de entressafra. Além disso, a menor produção de caroço nesta temporada e os altos patamares de preço do farelo de soja — principal concorrente dos subprodutos — têm dado suporte para a manutenção dos preços no estado.
Ademais, o valor do caroço é 6,03% maior do que foi observado na mesma semana do ano passado. Por fim, estima-se que restam menos de 7,00% da produção total de caroço disponível no estado, o que tende a refletir no preço do subproduto nos próximo meses.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- Nova alta: puxado pelo preço atrativo na bolsa de NY, o preço Imea registrou valorização de 3,89% no comparativo semanal, ficando cotado a uma média de R$ 225,04/@.
- Incremento: a cotação da pluma na bolsa de NY para o contrato de jul/22 avançou 3,09% ante a semana passada, fechando a ¢ US$ 115,53/lp.
- Valorização: reflexo da menor oferta, o óleo de algodão exibiu um aumento de 4,60% quando comparado à semana passada, com valor médio de R$ 5.215,44/t no estado.
O Imea divulgou a primeira estimativa de custo de produção para o algodão da safra 22/23 em MT.
O COE apresentou alta de 13,95% quando comparado a safra 21/22, estimado em R$ 16.599,80/ha. Os principais motivos da elevação foram a valorização do dólar e o avanço dos preços dos insumos agrícolas, principalmente os fertilizantes e corretivos, semente de algodão e defensivos, que apresentaram aumentos de 47,00%, 29,00% e 13,77%, respectivamente.
Para se ter uma ideia, só os macronutrientes valorizaram 50,17% ante a safra 21/22, adicionando mais R$ 1.509,25/ha na despesa do produtor. A falta de matéria-prima e as restrições de compra impostas pelos países fornecedores de insumos têm gerado preocupação para o produtor, principalmente se receberão esses produtos nas lavouras até o início da safra.
Diante desse cenário, o P.E para a safra avançou 13,95% em relação à safra passada. Sendo assim, para pagar o COE o produtor tem que vender sua pluma a uma média de R$ 140,23/@, diferença de cerca de R$ 10,00/@ em relação ao preço negociado no estado.
Fonte: IMEA