Foi divulgado na última semana pelo Imea, a terceira estimativa do custo de produção para o milho de alta tecnologia da safra 21/22 em Mato Grosso. De acordo com o relatório, a alta nas despesas do cultivo do cereal foram impulsionadas, principalmente, pelos fertilizantes e corretivos, como: macronutrientes (+6,56%), e em seguida as operações mecanizadas (+4,56%), o que impactou diretamente na elevação de 3,76% no custeio da cultura no estado.
Com isso, os custos operacionais: COE e COT apresentaram incremento de 3,02% e 2,77%, ante o último relatório fev/21, totalizando R$ 2.893,27/ha e R$ 3.151,90/ha, respectivamente.
Portanto, apesar de os custos de produção terem se elevado conforme a estimativa, a relação de troca vem sendo favorável ao produtor mato-grossense, já que os preços praticados pelo cereal a cada semana alcançam cotações recordes e acabam diluindo o impacto de alta dos custos.
Confiara agora os principais destaques do boletim:
• O indicador Imea-MT apresentou elevação de 2,20% em relação à semana passada, devido à baixa disponibilidade do grão no estado e fatores altistas no mercado internacional. Assim, o preço médio do milho disponível ficou em R$ 74,06/sc.
• Na CME, o contrato corrente registrou elevação de 3,31% em relação à semana passada. Assim, as cotações encerraram em US$ 5,84/bu média semanal.
• Pela primeira vez na história, o preço do cereal ultrapassou a marca de R$ 100,00/sc na B3. Assim, na última semana as cotações se elevaram 2,60% e fecharam com média de R$ 102,24/sc.
• As praças de MT e Chicago se distanciaram e alcançaram os R$ 4,15/sc na última semana, após as cotações do cereal no mercado internacional dispararem.
Oferta e Demanda:
Nesta segunda-feira, o Imea divulgou o novo relatório de OeD referente às safras 19/20 e 20/21 do milho em MT. Para a safra 19/20, não houve alterações na oferta do cereal.
Já para a demanda, o consumo MT ficou estimado em 9,95 milhões de toneladas, sendo impulsionado pelas empresas de biocombustíveis no estado. Além disso, as exportações ganharam volume e passaram a ser projetadas acima das 22 milhões de toneladas. Com relação à safra 20/21, a oferta apresentou queda e passou a ser estimada em 34,99 milhões de toneladas.
No lado da demanda, o consumo MT seguiu tendência de alta e tem sua projeção em 11,57 milhões de toneladas, sendo impulsionado, principalmente, pela elevação da capacidade produtiva das usinas produtoras de etanol.
Com isso, as exportações e o consumo interestadual apresentaram queda, e foram projetadas em 20,96 milhões de toneladas e 2,45 milhões de toneladas, respectivamente.
Fonte: IMEA