O preço da soja disponível atingiu o menor patamar dos últimos três anos em Mato Grosso. Na semana passada, a média do valor da oleaginosa fechou em R$ 94,91/sc, queda de 3,75% em relação à semana anterior e 34,58% quando comparado com a mesma semana do ano passado.

O principal fator que influenciou essa pressão nos preços da oleaginosa no estado, foi a desvalorização do grão na CME- Group contrato corrente, na qual na semana passada chegou a registrar cotações abaixo de US$ 12,00/bu. Além disso, a permanência do dólar menor que R$ 5,00 e os prêmios portuários que seguiram no campo negativo foram outros fatores que influenciaram a queda dos preço MT.

Por fim, a curto prazo o cenário para as cotações no estado não é favorável, visto o início da colheita, onde aumenta a oferta no mercado e a estimativa de produção mundial acima do consumo global, o que pressiona o preço na bolsa de Chicago.

Confira os principais destaques do boletim:

  • COLHEITA: a colheita da soja em Mato Grosso chegou a 39,39% na última semana, avanço de 17,88 p.p. quando comparado com a semana anterior.
  • QUEDA NOS PRÊMIOS: com o aumento no fluxo da soja nos portos, o prêmio em Santos caiu 20,58% no comparativo semanal.
  • PARIDADE: a paridade de exportação em Mato Grosso fechou na média semanal de R$ 100,91/sc, queda de 2,30% ante a semana anterior.

Em janeiro, o Imea realizou um novo levantamento de safra e a área de soja para a temporada 23/24 permaneceu estimada em 12,13 milhões de ha.

Com os trabalhos a campo avançando, os primeiros rendimentos das áreas colhidas apresentam produtividade bem inferior às observadas nas últimas temporadas. A produtividade aguardada para o estado diminuiu, ficando projetada em 52,81 sc/ha, redução de 15,23% em relação à safra passada e 1,44% no comparativo com a estimativa passada.

Esse cenário é reflexo da falta de chuva no período de desenvolvimento das áreas com soja de ciclos precoce e médio, o que influenciou no encurtamento do estádio da oleaginosa e prejudicou o potencial reprodutivo das plantas, com queda de flores no período vegetativo e baixa quantidade de vagens por planta.

Por fim, com a manutenção da área e o corte na produtividade, a produção da safra 23/24 ficou projetada em 38,44 milhões de t, queda de 15,17% ante a safra passada e 1,44% em relação à estimativa passada.

Fonte: IMEA



 

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