A cotação do farelo de soja em Mato Grosso apresentou incremento de 1,66% ante a semana passada e 10,32% em relação ao mesmo período do ano passado, com média semanal de R$ 2.450,00/t.
O aumento esteve pautado pela valorização do produto em Chicago, que apresentou alta de 9,26% comparado à semana passada. Além disso, a liberação da importação de farelo para a China foi outro fator altista no mesmo período. Para o óleo de soja, o preço do subproduto apresentou queda de 1,27% ante a semana anterior, ficando precificado na média de R$ 6.800,00/t no estado.
O principal motivo da desvalorização são os fundamentos do quadro de oferta e demanda (maior produção do óleo vegetal mundial e menor consumo da China) que continuam impactando o valor do produto. Por fim, apesar da constante desvalorização no preço do óleo de soja, o indicador ainda é 8,80% maior que o do mesmo período do ano passado.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- Soja MT: o preço da saca de soja disponível em Mato Grosso houve um acréscimo de 1,44% no comparativo semanal, acompanhando o mercado internacional.
- Chicago em alta: a cotação da saca de soja americana valorizou-se na CME-Group de 7,62%, ante a semana anterior, pautada pelas condições climáticas nos EUA.
- Prêmio sobe: o prêmio de Santos contou com um avanço de 36,17% quando comparado com a semana passada, a fim de aumentar os incentivos ao escoamento do grão.
O Imea manteve a projeção da safra de soja para a temporada 22/23 em Mato Grosso.
A área no estado permaneceu prevista em 11,81 milhões de ha, aumento de 2,92% ante a safra 21/22. No que tange aos rendimentos, as projeções continuam limitadas e, por isso, a estimativa foi mantida em 58,58 sc/ha para a safra 22/23, indicando um recuo inicial de 1,26% em relação aos rendimentos da safra 21/22.
Daqui em diante, os olhares se intensificam em relação ao clima, visto que restam menos de 45 dias para o fim do vazio sanitário da soja em MT. Para o mês de setembro, a média dos modelos climáticos do NOAA aponta chuvas dentro das médias históricas para o mês.
O maior volume de precipitações está previsto para outubro, período que quase todo o estado poderá receber chuvas acima da média histórica. Por outro lado, espera-se que até o final do ano o fenômeno La Niña prevaleça em MT, o que pode gerar uma série de mudanças nos padrões climáticos, como atrasos nas precipitações no início da primavera em MT, desse modo postergando a semeadura da soja.
Fonte: IMEA