Na última sexta-feira noticiamos aqui a liberação, pelo governo, das taxas de importação da soja (até 15 de janeiro de 2021) e do milho (até 31 de março de 2021). “Ambas as medidas têm como motivação conter a alta de preços no setor de alimentos”, disse a nota no site do Ministério da Economia.

Na visão dos analistas da TF Agroeconômica, as principais conseqüências desta medida serão:

  • a) descompressão na demanda das indústrias esmagadoras, uma vez que poderão contar com um volume maior para suas operações.
  • b) mas, somente a partir do final de novembro, porque, se forem fechadas hoje, estas cargas demorarão 45/60 dias para chegar ao Brasil, serem descarregadas nos portos e transportadas até as indústrias, no interior;
  • c) por enquanto, o objetivo de conter a alta dos preços não se confirmará, porque os preços da soja tanto americana, quanto argentina, não chegarão nas indústrias do interior a menos do que R$ 170/R$ 175,00/saca, que são superiores aos que elas estão pagando hoje ao produtor brasileiro. E a previsões para Chicago, pelo menos no período das importações, não são de queda, muito ao contrário, com este aumento inesperado por demanda americana, a tendência é de Chicago subir um pouco mais;
  • d) Como os preços em Chicago costumam seguir certa paralelidade em quase todos os meses, a parte positiva disto para o agricultor brasileiro é que a cotação de maio de 2021 provavelmente também subirá um pouco junto com a de novembro, permitindo que o preço da próxima safra seja também levemente melhor do que está hoje.


Fonte: T&F Agroeconômica

 

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