No início deste ano houve a conclusão da safra 19/20, na qual foram registradas as maiores produtividades e produção do estado: 59,09 sc/ha e 35,40 milhões de toneladas, respectivamente. Além disso, devido ao tempo seco observado em Mato Grosso até o final de novembro – que atrasou a semeadura em relação aos anos anteriores -, 2,51% das lavouras apresentaram necessidade de replantio em suas áreas, sendo a mais afetada a região oeste, com 5,75% de ressemeadura.

Com relação aos preços no ano, a Covid-19 acabou impulsionando o dólar, deixando a soja brasileira mais competitiva no mercado internacional. Para se ter uma ideia, MT exportou mais de 22,00 milhões de t até nov.20. Isso, adicionado à forte demanda interna, levou os preços a subirem 63,56% em relação à média do ano anterior.

Ademais, os preços influenciaram na comercialização, que se mostrou adiantada na comparação com anos anteriores. Por fim, a conclusão das obras na BR-163 proporcionou uma queda nos custos de transporte, melhorando a logística e fazendo com que, pela primeira vez na história, os portos do arco norte escoassem maiores volumes da oleaginosa do que os do arco sul.

Confira agora os principais destaques do boletim:

• O indicador Imea-MT encerrou o ano com uma alta de 65,75% ante o ano passado, cotado a R$ 111,06/sc na média anual. Dentre os principais motivos para o salto, se encontram a valorização do dólar, altas em Chicago e fortes demandas interna e externa.

• O prêmio para a soja no porto de Santos-SP acumulou alta de 50,51%, movida pela forte procura pela soja brasileira em 2020.

• Os preços atrativos observados no decorrer do ano para os subprodutos fizeram com que o esmagamento acumulasse alta de 5,23% ante o ano passado, totalizando 9,65 mi t até novembro.

• A alta nos preços, atrelada à forte demanda pela soja neste ano, fez com que a área plantada estimada apresentasse avanço de 3,21% em relação ao ano passado.

Perspectivas:

Os recordes alcançados pela produção e preço da soja para a safra 19/20 fizeram com que o produtor ficasse animado com as safras futuras. Para a safra 20/21 os trabalhos na semeadura foram encerrados na última sexta (11/12) em MT: as expectativas são de um aumento de 3,18% da área em relação à safra passada, totalizando 10,30 milhões de ha.

Com o clima seco, o produtor iniciou os trabalhos sem boas condições, o que pode atrasar a colheita em 2021. Junto a isso, a seca também impactou a perspectiva de produtividade, que está 2,84% abaixo à da última temporada. Já para a produção, as perspectivas apresentam variação positiva de 0,24%, totalizando 35,48 milhões de t.

Com a alta na produção, preços atrativos e boas relações de troca, os sojicultores aproveitaram a oportunidade para negociar seu grão. Sendo assim, a safra 20/21 já conta com 66,45% da sua produção comercializada, ficando 15,33 p.p. e 19,68 p.p. à frente à do mesmo período da safra passada e da média dos últimos cinco anos, respectivamente.

Outro fator recorde é a comercialização da safra 21/22, que já apresenta 12,97% da produção esperada, fato que se deve às grandes demandas externa e interna. Além disso, as exportações foram recordes no ano e as perspectivas de demanda continuam positivas, pois tanto a China está demandando mais soja como internamente a indústria está buscando mais grãos devido à forte procura pelos subprodutos.

Fonte: IMEA

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