Durante praticamente todo o mês de março/21 a soja em Chicago ficou oscilando entre US$ 14,00/bu e US$ 14,50/bu. Os principais fundamentos que guiavam e equilibravam o mercado eram o avanço da colheita de soja no Brasil, as condições climáticas na Argentina e a forte demanda pela soja norte-americana. Porém, no último dia do mês, os preços aumentaram tanto que atingiram seu limite de alta diária: de US$ 0,70/bu.

O motivo foi a surpresa nos dados divulgados pelo USDA sobre a intenção de área plantada de soja nos EUA. Enquanto o mercado aguardava um valor próximo de 36,45 milhões de ha, o USDA reportou 35,45 milhões de ha, 1 milhão de ha a menos!

Para se ter uma ideia, a estimativa do Fórum Agrícola do USDA (em fevereiro) foi de 36,42 milhões de ha. Com isso, a projeção de produção reduz consideravelmente e impulsiona ainda mais os preços em Chicago neste momento.

Confira agora os principais destaques do boletim:

• Acompanhando a alta do dólar, o indicador para o preço disponível da soja em MT obteve leve alta de 0,99% em relação à semana anterior, cotado a R$ 155,18/sc.

• Após o lançamento do relatório do USDA na semana anterior, as cotações futuras para março de 2022 na CME-Group indicaram alta de 1,04% na média semanal.

• Atrelado à alta do dólar corrente, o preço paridade de exportação para março de 22 obteve acréscimo de 2,65% na média semanal, com as cotações em torno de R$ 135,02/sc.

• Devido ao aumento das cotações da soja em grão, a margem de esmagamento apresentou queda de 5,16% na média semanal, cotado a R$ 466,03/t.

Reta final:

Na última sexta-feira (02/04) a colheita da safra 20/21 em MT alcançou 99,40%, obtendo um avanço semanal de 2,23 p.p. Quando comparada com a média dos últimos cinco anos, a colheita atual se encontra 1,17 p.p. acima da média. Em contrapartida, se comparada à safra anterior, no mesmo período do ano, a safra 19/20 já contava com 99,83% de suas áreas colhidas.

Esse atraso na colheita pode ser explicado pela dura estiagem que ocorreu no ano passado atrasando a semeadura em Mato Grosso, o que acabou castigando o ciclo da oleaginosa. Com relação às regiões do estado, a norte, oeste e noroeste já contam com 100% das áreas concluídas, com avanços semanais de 0,67 p.p., 0,31 p.p. e 0,77 p.p., respectivamente.

Já a sudeste, apesar de ter apontado o maior avanço semanal dentre as regiões (4,93 p.p.) continua sendo a menos adiantada, com 98,22% colhidos. Por fim, a centro-sul, médio norte e nordeste contam com 98,76%, 99,97% e 99,23%, respectivamente.

Fonte: IMEA

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