Objetivou-se avaliar diferentes práticas de manejo de adubação, sobre o desenvolvimento da cultura da soja em condições de campo.

Autores: Jholian Maicon Ribeiro Santos¹; Jean Pierre Moreira de Almeida²; Josilaine
Gonçalves da Silva³; Milton Ferreira de Moraes4; Romulo Caique Gonçalves Feletti5.

Introdução

A produção de grãos no Brasil tem elevada importância para o incremento do produto interno bruto (PIB) do país e isso deve-se ao avanço do conhecimento e das técnicas utilizadas na agricultura. A cultura da soja Glycine max (L.), tem destaque nessa produção e o estado de Mato Grosso contribui com 27% da produção brasileira (IBGE, 2018). Dentre os fatores que contribuem para a produção da oleaginosa no estado, o manejo da adubação já demonstrou ser relevante quanto ao método adotado em função do solo e do sistema de produção. O fornecimento de macro e micronutrientes para a soja e o uso eficiente destes pela mesma depende destas práticas adotadas, o que pode ser determinante para o suprimento nutricional mais adequado à planta e assim atingir valores mais altos de produção. Com base na descrição, objetivou-se avaliar diferentes práticas de manejo de adubação, sobre o desenvolvimento da cultura da soja em condições de campo.

Material e Métodos

O experimento foi realizado em São Gabriel do Oeste – MS, na área experimental da Fazenda Grimm, localizada nas coordenadas 19º 13’ 88’’ S e 54º 33’ 41,12’’ W, e 660 metros de altitude. Foi utilizada para o experimento a cultivar de soja AS 3680 IPRO, com estande de 14 plantas m-1 sob sistema de plantio direto, semeada em 30/10/2017 e colhida 20/02/2018. O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados, as unidades experimentais consistiram de 10 (dez) linhas de 0,45 m de espaçamento x 10 m lineares, totalizando 45 m², sendo a área útil composta por duas linhas centrais de 0,45 x 4 m lineares, totalizando 3,6 m² com 4 (quatro) repetições, sendo realizado o manejo fitossanitário de pragas e doenças no período da safra.

Foram testados 9 (nove) tratamentos, com dois manejos de adubação, à lanço antes da semeadura e no sulco de plantio, sendo: Controle, MAP (Mono-Amônio-Fosfato), contendo 12% N e 52% P2O5, nas doses de 153 kg ha-¹, à lanço antes da semeadura e no sulco de semeadura e três formulados comerciais, denominados F1, F2 e F3, contendo na sua composição: 9% N, 38% P, 18% S e 0,3% B (F1); 7% N, 30% P, 12% S, 9% Mg, 0,15% B, 0,15% Cu, 0,45% Mn, 0,45% Zn (F2) e 8% N, 40% P, 9% S, 0,1% B, 0,1% Cu, 0,2% Mn, 0,2% Zn (F3), nas doses 157 e 210 kg ha-¹, à lanço antes da semeadura (F1); 200 e 266 kg ha-¹, no sulco de semeadura (F2) e 200 e 200 kg ha-¹, à lanço antes da semeadura e no sulco de semeadura, conforme (Tabela 1).

Tabela 1. Tratamentos, doses e momento de aplicação. São Gabriel do Oeste – MS, 2018.

Procedeu-se à adubação de cobertura com Cloreto de Potássio (150 kg ha-¹), quando a soja atingiu o estádio V5. Os componentes produtivos da planta avaliados foram: número de vagens (estádio R6), número de nós (estádio R6) e índice de clorofila por planta (estádio R2). Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F (p<0,05), através do software Sisvar (Ferreira, 2008).

Resultados e Discussão

A análise de variância dos dados revelou que não houve diferença significativa para as características avaliadas (Tabela 2). O número de vagens variou de 35,1 a 38,3 enquanto o número de nós variou de 17,0 a 17,7 e o índice de clorofila de 41,8 a 47,9. Cirino et al. (2017), não encontraram diferença significativa na resposta produtiva da cultura da soja em função do manejo da adubação fosfatada, sendo na pré-semeadura e no sulco de plantio. Isto pode estar relacionado à fertilidade natural do solo, composição e utilização eficiente do fertilizante pela planta, que pode não ter efeito na forma de aplicação do mesmo, necessitando de estudos mais detalhados.

Tabela 2. Número de vagens (R6), número de nós (R6) e Índice de clorofila (R2) por planta, em função de diferentes manejos de adubação na cultura da soja. São Gabriel do Oeste – MS, 2018.

Conclusão

As formas de aplicações dos fertilizantes, no sulco de semeadura e à lanço antes da semeadura, não influenciaram na produtividade da soja, no período e condições de avaliação.


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Referências

CIRINO, L. H. B., PELÁ, A., CRISPIM, L. B. R., SANTOS, S. M. B., REIS JR, R. A. Resposta da
soja à fontes, doses e formas de aplicação de fertilizantes fosfatados. Anais do XXXVI Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 2017.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Agência IBGE notícias: Estatísticas econômicas. Disponível em <http://www.agenciadenoticias.ibge.gov.br> Acesso em: jun. de 2019.

FERREIRA, D. F. Sisvar: um programa para análises e ensino de estatística. Revista Científica Symposium, 6:36-41, 2008.

Informações dos autores

¹ Mestrando em Agricultura Tropical, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá/MT;

² Mestrando em Agricultura Tropical, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá/MT;

³ Engenheira Agrônoma, Dra;

Professor doutor, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Barra do Garças/MT;

Mestrando em Agricultura Tropical, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá/MT.

Disponível em: Anais do II Congresso Online para Aumento de Produtividade do Milho e Soja (COMSOJA), Santa Maria, 2019.

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