O objetivo desse trabalho foi avaliar o desempenho produtivo da cultura da soja
em função da aplicação de diferentes fertilizantes na implantação da cultura e verificar a sua eficiência.

Autores: Rômulo Caique Gonçalves Feletti¹; Veridiana Camila Ferreira Bufalo²; Milton Ferreira de Moraes³, Jean Pierre Moreira de Almeida4, Jholian Maicon Ribeiro Santos5, Josilaine Gonçalves da Silva6.

Introdução

A soja Glycine max (L.) é a oleaginosa mais cultivada no mundo. No Brasil é a cultura que apresenta maior crescimento nos últimos tempos, ocupando aproximadamente 50% da área agrícola plantada, com uma área plantada de 30,5 milhões de hectares e uma produção total estimada em aproximadamente 114 milhões de toneladas (CONAB, 2019). Com a modernização da agricultura, práticas de correção da acidez e de adubação do solo contribuíram significativamente para a melhoria da fertilidade dos solos (Bernardi et al., 2002). Entretanto, o desafio atual para obtenção de melhores rendimentos agrícolas na cultura da soja é a melhor eficiência das adubações. A otimização da eficiência nutricional é de grande importância na produção das culturas anuais, devido ao custo dos fertilizantes, imprescindíveis para o aumento da produtividade (LOPES e GUILHERME, 1989). O objetivo desse trabalho foi avaliar o desempenho produtivo da cultura da soja em função da aplicação de diferentes fertilizantes na implantação da cultura e verificar a sua eficiência.

 

Material e Métodos

O experimento foi realizado na unidade experimental da empresa Protec Consultoria Agropecuária, no município de São Gabriel do Oeste – MS nas coordenadas geográficas: 19º13’88” S 54º33’41,12” W, 660 m de altitude, dentre os meses de outubro de 2017 a fevereiro de 2018. A cultivar utilizada foi a AS 3680IPRO, cultivar de ciclo precoce, maturação relativa de 6,8, com uma população final de plantas de 14 plantas.m1 e tipo de crescimento indeterminado. O experimento foi adotado em blocos casualizados (DBC), com 9 tratamentos e 4 repetições, totalizando 36 parcelas. Sendo que cada parcela era comporta por 10 linhas de cultivo, com espaçamento de 0,45 m entre linhas, e com comprimento de 10 metros, totalizando 45 m2 cada parcela. Os tratamentos utilizados foram estão descritos na tabela 1.

Tabela 1. Descrição dos tratamentos avaliados. São Gabriel do Oeste-MS, 2017.

A cultura foi manejada conforme recomendação agronômica para região, sendo empregado os tratos culturais recomendados conforme necessidade da cultura. Ao final do ciclo da cultura foram avaliados os parâmetros produtividade e peso de mil grãos. Para avaliação da produtividade foi coletada as duas linhas centrais de cada parcela, com comprimento de 3 metros, e correção de umidade para 14%. A avaliação de peso de mil sementes foi obtida, segundo as determinações das Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 2009). Os tratamentos foram posteriormente submetidos à análise de variância, com aplicação do teste de F. Para as comparações de médias de tratamentos utilizado o teste de médias de Scott-Knott (p<0,05).

Resultados e Discussão

Os efeitos dos diferentes manejos de adubação sobre as características produtivas avaliadas no experimento são apresentados na Tabela 2, onde se observa que não houve diferença estatística significativas (p <0,05) para peso de mil sementes e produtividade. A ausência de respostas sobre o desempenho produtivo de plantas de soja durante o desenvolvimento deste experimento pode ser explicada pela influência de fatores climáticos, que reduziu o potencial produtivo da cultura.

Tabela 2. Massa de mil grãos e produtividade em função de diferentes manejos de adubação. São Gabriel do Oeste – MS (2017/18). Protec, 2018.

Conclusão

Os fertilizantes mineral misto granular avaliados não apresentaram melhoria nos desempenhos produtivos da cultura da soja. A aplicação no sulco de plantio ou a lanço não apresentaram diferença quanto ao desempenho produtivo da cultura.

 

Referências

BERNARDI, A.C. de C.; MACHADO, P.L.O. de A.; SILVA, C.A. Fertilidade do solo e demanda por nutrientes no Brasil. In: MANZATTO, C.V.; FREITAS JUNIOR, E. de; PERES, J.R.R. (Ed.). Uso agrícola dos solos brasileiros. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2002. p.61‑77.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília: Mapa/ACS, 2009. 399p

COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO. Acompanhamento da safra brasileira: Grãos safra 2018/2019. Mai. 2019. Disponível em <http://www.conab.gov.br> Acesso em: jun. de 2019.

FERREIRA, D. F. Sisvar: um programa para análises e ensino de estatística. Revista Científica Symposium, 6:36-41, 2008.

LOPES, A. S.; GUILHERME, L. R. G. Uso eficiente de fertilizantes. In: SIMPÓSIO AVANÇADO
DE SOLOS E NUTRIÇÃO DE PLANTAS, 2., 1989, Piracicaba. Anais… Campinas: Fundação Cargill, 1989. p. 1-58.

Informações dos autores

¹Mestrando em Agricultura Tropical, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá/MT. E-mail: rcfeletti@gmail.com;

²Engenheira Agrônoma, Mais Soja. E-mail: veribufalo@gmail.com;

³Professor doutor, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Barra do Garças/MT. E mail: moraesmf@ufmt.br;

4Mestrando em Agricultura Tropical, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá/MT. E-mail: jeanpierremda@gmail.com;

5Mestrando em Agricultura Tropical, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá/MT. E-mail: jholianmaicon@gmail.com;

6Engenheira Agrônoma, Dra. E-mail: josilainegsilva@gmail.com.

Disponível em: Anais do II Congresso Online para Aumento de Produtividade do Milho e Soja (COMSOJA), Santa Maria, 2019.

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