Durante a Agrishow 2025, uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do mundo, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apresentou um panorama da presença do Brasil no comércio agropecuário global. O encontro, realizado em parceria com a Amcham Brasil, reuniu produtores, empresários e representantes institucionais para debater os avanços e desafios da inserção internacional do agro brasileiro.

Com base em dados atualizados da pasta, o secretário adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Marcel Moreira, apresentou um resultado expressivo: 356 novos mercados abertos para produtos agropecuários brasileiros desde 2023. “Isso significa mais oportunidades para quem está no campo, mais renda, mais empregos e maior reconhecimento da qualidade do que o Brasil produz”, resumiu.

“Desde o início de 2023, já são mais de 350 mercados abertos para produtos da agropecuária brasileira, o que tem ampliado significativamente a presença do Brasil no comércio internacional”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

A lista de destinos hoje soma 63 países, com destaque para mercados que passaram a importar diversos produtos como carnes, frutas, pescados, sementes e material genético. A estratégia tem sido ampliar a pauta e fomentar a agregação de valor ao que sai das porteiras.

Durante sua fala, Marcel reforçou a importância de instrumentos desenvolvidos pelo Mapa para apoiar o produtor, como o AgroInsight, ferramenta que já gerou mais de 300 relatórios de inteligência comercial, a partir do trabalho dos 40 adidos agrícolas em 38 postos internacionais. Também destacou o ConectAgro, que facilita o acesso a informações sobre o trabalho dos adidos, estatísticas e oportunidades comerciais, e o Passaporte Agro, lançado neste ano para apoiar diretamente produtores interessados em exportar para mercados recém-abertos.

“Essas ferramentas são formas de encurtar a distância entre o produtor e o mercado internacional. A ideia é transformar informação em acesso real a oportunidades”, explicou o secretário.

Outro ponto de destaque foi o programa Caminho Verde Brasil, que mira a recuperação de 40 milhões de hectares de áreas degradadas, promovendo produção com base em práticas sustentáveis. A proposta está alinhada com a crescente demanda internacional por cadeias produtivas mais responsáveis do ponto de vista ambiental.

Em meio ao atual cenário global, o Brasil tem reforçado sua atuação diplomática com base na geopolítica da paz, mantendo o diálogo com diversos parceiros comerciais e contribuindo para a segurança alimentar, climática e energética. Em 2024, as exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 164,4 bilhões, lideradas por soja (US$ 53,9 bi), carnes (US$ 26,2 bi), açúcar e álcool (US$ 19,7 bi), produtos florestais (US$ 17,3 bi) e café (US$ 12,3 bi). Destaca-se ainda o crescimento de 20% nas exportações de produtos não tradicionais, como ervas, pulses e gergelim.

O trabalho do Mapa tem sido mostrar ao mundo que o agro brasileiro é competitivo, seguro e sustentável. E, acima de tudo, está pronto para atender aos mercados mais exigentes.

Fonte: Mapa



 

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