O mercado brasileiro de milho deve ter mais um dia de lentidão nos negócios. Com a postura retraída por parte dos produtores, que observam com cautela os indicadores externos, a comercialização não encontra espaço para evoluir. Além disso, os principais formadores em queda complementam este quadro negativo, com a Bolsa de Chicago recuando e o dólar caindo frente ao real.
O mercado brasileiro de milho volta apresentar um ambiente de negócios travado e com preços sustentados. Os produtores estão mostrando uma postura retraída na fixação de oferta, especulando com fatores que possam promover alta nos preços, movimentos dos futuros do milho, paridade de exportação e clima. Contudo, preço no porto patinando com dólar próximo a R$ 5,30. Em algumas localidades do país, como em São Paulo, há consumidores mais ativos na busca de lotes fechamento de necessidades pontuais
Segundo a Safras Consultoria, os agentes estão na expectativa do relatório do USDA da próxima sexta-feira, que pode trazer mais volatilidade para o mercado.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 67,00/70,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 69,00/72,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 61,00/62,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 65,00/67,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 68,00/70,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 69,00/71,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 63,00/64,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 57,00/60,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 57,00/62,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com entrega em março de 2026 estão cotados a US$ 4,46 3/4 por bushel, baixa de 0,25 centavo de dólar, ou 0,11%, em relação ao fechamento anterior.
* O mercado opera em queda, ajustando posições antes da divulgação do relatório de oferta e demanda de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Ainda assim, o cereal limita as perdas, amparado pela desvalorização do dólar frente a outras moedas, que melhora a competitividade do grão, e pela alta do petróleo em Nova York, que oferece suporte adicional às cotações.
* O USDA divulgará na próxima sexta-feira (14), a partir das 14h, seu relatório de oferta e demanda de novembro. Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em uma produção de 16,528 bilhões de bushels de milho em 2025/26, menor frente ao volume indicado em setembro, de 16,814 bilhões de bushels. A produção da safra 2024/25 ficou em 14,867 bilhões de bushels.
* Os estoques finais de passagem da safra 2025/26 norte-americanos devem ser indicados em 2,130 bilhões de bushels, frente aos 2,110 bilhões de bushels indicados no mês passado.
* Para a safra global 2025/26, os estoques finais de passagem devem ser apontados em 283 milhões de toneladas, frente as 281,4 milhões de toneladas indicadas em setembro. A previsão é de que os estoques finais de passagem da safra mundial 2024/25 fiquem em 285,6 milhões de toneladas, frente as 281,4 milhões de toneladas indicadas em setembro.
* Ontem (12), os contratos com entrega em dezembro de 2025 fecharam com alta de 0,75%, ou 3,25 centavos, cotados a US$ 4,35 1/4 por bushel. Os contratos com entrega em março de 2026 fecharam com avanço de 2,25 centavos, ou 0,50%, cotados a US$ 4,49 1/4 por bushel.
CÂMBIO
* O dólar comercial opera com baixa de 0,29%, cotado a R$ 5,2765. O Dollar Index registra desvalorização de 0,23% a 99,27 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam com preços firmes. Xangai, +0,73%. Japão, +0,43%.
* As principais bolsas na Europa operam com índices mistos. Paris, +0,22%. Frankfurt, -0,51%. Londres, -0,64%.
* O petróleo opera em alta. Dezembro do WTI em NY: US$ 58,95 o barril (+0,78%).
AGENDA
– EUA: O índice de preços ao consumidor de outubro será publicado às 10h30 pelo Departamento do Trabalho. (*)
– EUA: Os pedidos de seguro-desemprego da semana encerrada no último sábado serão publicados às 10h30 pelo Departamento do Trabalho. (*)
– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 10h30. *(Devido à paralisação do governo dos Estados Unidos, não há garantia de que o órgão norte-americano divulgará os dados no horário descrito).
– EUA: A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 14h pelo Departamento de Energia (DoE).
– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Dados de desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.
– China: A produção industrial de outubro será publicada às 23h pelo departamento de estatísticas.
—–Sexta-feira (14/11)
– Eurozona: A segunda leitura do PIB do terceiro trimestre será publicada às 7h pelo Eurostat.
– Eurozona: O saldo da balança comercial de setembro será publicado às 7h pelo Eurostat.
– A FGV divulga, às 8h, o IGP-10 referente a novembro.
– O IBGE divulga, às 9h, a Pnad Contínua referente ao 3º trimestre.
– EUA: O índice de preços ao produtor de outubro será publicado às 10h30 pelo Departamento do Trabalho. (*)
– Relatório de oferta e demanda dos EUA e do mundo de novembro – USDA/Wasde, 14h
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
Fonte: Pedro Carneiro / Safras News




