O mercado brasileiro de milho deve operar com preços sustentados nesta quarta-feira e com volumes de negócios reduzidos, em meio à retenção de oferta por parte dos produtores, em meio ao clima seco em regiões produtoras do Brasil. A Bolsa de Chicago estende o tom negativo da última sessão.
CHICAGO
Os contratos com entrega em dezembro/19 operam com perda de 3,50 centavos, ou 0,89% em relação ao fechamento anterior, cotada a US$ 3,89 3/4 por bushel.
O mercado recua pela segunda sessão seguida, apesar de ritmo mais lento do que o esperado na colheita de milho nos Estados Unidos.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de milho. Até 13 de outubro, a área colhida estava em 22%. Em igual período do ano passado, o número era de 38%. A média para os últimos cinco anos é de 36%. Na semana anterior, o percentual era de 15 pontos. O mercado esperava colheita em 24%.
Ontem (15), os contratos de milho com entrega em dezembro de 2019 fecharam a US$ 3,93 1/4, baixa de 4,50 centavos de dólar, ou 1,13%, em relação ao fechamento anterior.
CÂMBIO
O dólar comercial opera com alta de 0,19% neste momento, a R$ 4,1740.
INDICADORES FINANCEIROS
- As principais bolsas da Ásia fecharam mistas. Xangai, -0,41%; e Tóquio, +1,20%.
- As principais bolsas na Europa operam mistas. Paris, +0,04%; Frankfurt, +0,28% e Londres, -0,11%.
- O petróleo opera em alta. Novembro do WTI em NY: US$ 53,03 o barril (+0,41%).
- O Dollar Index registra alta de 0,05%, a 98,34 pontos.
MERCADO
O mercado brasileiro de milho manteve preços estáveis nesta terça-feira. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o mercado brasileiro de milho permanece centrado nas questões envolvendo o clima no Centro-Sul do país. “O regime de chuvas é bastante irregular neste segundo semestre, resultando em atrasos do plantio da próxima safra. Nessas condições, os produtores em geral ainda optam pela retenção como estratégia recorrente”, afirma. Nesse caso, os preços domésticos seguem experimentando descolamento em relação ao mercado internacional, ainda guardando distância das questões envolvendo a CBOT (Bolsa de Chicago).
No Porto de Paranaguá, o preço ficou em R$ 40,50/42,00 a saca. Em Santos, o preço girou em torno de R$ 41,50/43,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 36,00/37,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 40,00/41,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 42,50/43,50 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 41,00/43,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 38,50/40,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 32,50/34,00 a saca em Rio Verde, no disponível. Em Mato Grosso, preço ficou a R$ 30,00/31,00 a saca em Rondonópolis, para o disponível.
Fonte: Agência SAFRAS