Com Chicago em leve alta e dólar recuando, o mercado brasileiro de soja deve manter ritmo lento nas primeiras movimentações da semana. Os produtores seguem retraídos, apostando em preços melhores e seguem priorizando negociar o milho.
O mercado teve mais um dia travado em termos de negócios na sexta. Com as cotações subindo em Chicago, o dólar teve queda significativa, portanto os preços da oleaginosa ficaram mistos. A política pró-exportação da Argentina contribuiu com a queda em algumas praças.
Com o feriado no Brasil na quarta-feira, e nos Estados Unidos, na segunda,o volume de negócios foi pequeno. Analistas de SAFRAS & Mercado estimam algo entre 150 mil e 250 mil toneladas na semana.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 181,50 para R$ 181,00. Na região das Missões, a cotação recuou de R$ 180,50 para R$ 180,00. No Porto de Rio Grande, o preço baixou de R$ 187,50 para R$ 187,00.
Em Cascavel, no Paraná, o preço estabilizou em R$ 180,50. No porto de Paranaguá (PR), a saca seguiu em R$ 187,00.
Em Rondonópolis (MT), a saca foi de R$ 171,00 para R$ 167,00. Em Dourados (MS), a cotação subiu de R$ 173,00 para R$ 174,00. Em Rio Verde (GO), a saca cresceu de R$ 167,00 para R$ 168,00.
CHICAGO
- Os contratos da soja com entrega em novembro sobem 0,12% neste momento, cotados a US$ 14,14 1/4 por bushel.
- O mercado chegou a cair mais cedo, depois que o ministro dos Transportes da França disse que assinaria um acordo com a Romênia para ajudar a aumentar as exportações de grãos ucranianos para países em desenvolvimento.
- As perdas, no entanto, foram limitadas, e agora o mercado se firma no território positivo, sustentado pela alta do petróleo e das bolsas de valores.
- Os investidores estão na expectativa para o relatório de oferta e demanda de setembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que será divulgado às 13h (horário de Brasília), trazendo dados para a safra do país e mundial.
- O USDA deverá reduzir a sua estimativa para a safra e os estoques finais de soja dos Estados Unidos em 2022/23. Os estoques para 2021/22 deverão ser elevados. O relatório de setembro do Departamento será divulgado na segunda, 12, às 13hs.
- Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em produção de 4,481 bilhões de bushels em 2022/23. Em agosto, a previsão ficou em 4,531 bilhões de bushels. No ano passado, a safra somou 4,435 bilhões de bushels.
- Para os estoques finais, o mercado indica número de 240 milhões para a temporada 2022/23 e de 233 milhões para 2021/22. Em agosto, a previsão do USDA era de 245 milhões e 225 milhões, respectivamente.
- Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 101,1 milhões de toneladas, contra 101,4 milhões estimados em agosto. Para 2021/22, a aposta é de estoques subindo de 89,7 milhões para 89,9 milhões de toneladas.
PRÊMIOS
- Os preços FOB da soja subiram na sexta, acompanhando os ganhos do mercado futuro de Chicago. A atividade seguiu fraca e com prêmios praticamente inalterados.
- Os prêmios de exportação da soja estavam em 235 a 245 pontos acima de Chicago no final da sexta no Porto de Paranaguá, para setembro. Para fevereiro, o prêmio era de 70 a 78 acima. Para março de 2023, o prêmio estava em 52 a 55 pontos acima, conforme dados de SAFRAS & Mercado.
- O preço FOB (flat price) para fevereiro ficou entre US$ 544,60 e US$ 547,60 a tonelada ontem. No dia anterior, a cotação oscilou entre R$ 535,00 e R$ 537,60.
CÂMBIO
- O dólar comercial registra baixa de 0,52% a R$ 5,120. O Dollar Index registra baixa de 0,87% a 108,07 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
- As principais bolsas da Ásia encerraram firmes. Xangai, feriado. Tóquio, +1,16%.
- As principais bolsas na Europa registram índices em alta. Londres, +1,28%; Paris, +1,14% e Frankfurt, +1,14%.
- O petróleo opera em alta. Outubro do WTI em NY: US$ 87,65 o barril (+1%).
Fonte: Agência Safras