Por: T&F Agroeconômica

FECHAMENTOS DO DIA 22/02:

O contrato de soja para março24, a próxima data negociada nos EUA, fechou em baixa de -1,12%, ou $ -13,00 cents/bushel a $ 1147,75. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -1,07 % ou $ -12,50 cents/bushel a $ 1152,50. O contrato de farelo de soja para março fechou em baixa de -2,08 % ou $ -7,1 ton curta a $ 334,9 e o contrato de óleo de soja para março fechou em baixa de -1,38 % ou $ -0,62/libra-peso a $ 44,21.

ANÁLISE DA BAIXA:

A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta quinta-feira. O mercado ainda é pressionado pela entrada de grandes volumes de soja brasileira no mercado de exportação, o que atrai o interesse da China e afeta a demanda pelo grão norte-americano. A expectativa é de que a safra brasileira seja volumosa, mesmo com a quebra esperada, em relação ao plantio. A Conab prevê 149,4 milhões de toneladas de soja na atual safra.

Por outro lado, o corte feito pela Bolsa de Rosário (BCR) na estimativa da colheita de soja argentina, de 52 para 49,50 milhões de toneladas, foi considerado insuficiente pelos operadores, que veem na Argentina a capacidade para compensar as perdas registradas na produção brasileira. A recuperação da safra argentina em relação a campanhas passadas pressionam as cotações do farelo e óleo de soja.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
ANEC-ATRASO NA EMISSÃO DE CERTIFICADOS NOS PORTOS CAUSA PREJUÍZO DE US$ 1 BI E PODERÁ FICAR INSUSTENTÁVEL:

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) disse que ainda não tem dados sobre possíveis atrasos nas exportações de grãos decorrentes especificamente da operação padrão adotada pelos fiscais federais agropecuários, que reivindicam melhores salários, reestruturação da carreira e concurso público para abertura de mais vagas. Para o diretor-geral da Anec, Sérgio Mendes, os atrasos na liberação de cargas nos portos já “são frequentes” e não necessariamente reflexo do movimento da categoria.

Em entrevista ao Broadcast Agro, Mendes disse que as liberações de certificados fitossanitários pela fiscalização federal – documento exigido para exportação de grãos – levam hoje em torno de nove dias, causando prejuízo diário de US$ 120 milhões ao País. Neste prazo médio para a liberação de certificados nos Estados Unidos é de 48 horas, enquanto a Argentina libera o documento em 24 horas e em até seis horas, nos casos de urgência. “Este é o ‘custo Brasil'”, disse. Segundo o dirigente, a Anec vem alertando para esse problema há tempos. Na avaliação do executivo, o início dos embarques externos de açúcar, milho e algodão no segundo semestre tornará a situação “insustentável”.

ARGENTINA-BCR REDUZ SAFRA DE SOJA PARA 49,5 MT, 2,5 MT A MENOS QUE EM JANEIRO:

Em relação à soja, a estimativa para a safra 2023/24 aponta produção de 49,5 milhões de toneladas, 2,5 milhões de toneladas a menos do que o projetado em janeiro. A BCR explicou que a partir de dezembro a melhora na umidade do solo e a previsão de um fenômeno El Niño de intensidade forte a moderada indicavam uma melhoria nos números de produção, “com boas chances de ultrapassar confortavelmente os 50 milhões de toneladas”. Contudo, a partir de 17 de janeiro, “uma onda de calor muito longa e severa se instalou, revertendo o cenário”, disse. “O corte só não foi maior graças às chuvas que caíram entre 7 e 14 de fevereiro”, afirmou em nota.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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