EXPORTAÇÃO BRASIL: A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) projeta exportações de milho, em agosto entre 6,221 milhões de toneladas e 7,200 milhões de toneladas, ante 5,622 milhões de toneladas embarcadas em julho e 4,193 exportadas em agosto de 2021. Na semana de 24 a 30 de julho, foram exportados 1,423 milhão de toneladas de milho.
Para esta semana, de 31 de julho a 6 de agosto, a previsão é de que sejam embarcados para o exterior 1,659 milhão de toneladas de milho. As projeções se baseiam na programação de navios nos portos brasileiros. A exportação é o principal driver do mercado de milho neste momento: tudo o que conseguir enxugar, se refletirá na alta dos preços
UCRÂNIA DEVE PRODUZIR MAIS MILHO: A consultoria russa de pesquisa agrícola SovEcon reduziu a estimativa da safra de trigo da Ucrânia, quarta maior exportadora de milho do mundo e aumentou a da safra de milho. A safra de trigo ucraniana foi reduzida em 800 mil toneladas para 19,9 milhões de toneladas (32,2 milhões em 2021) na menor área colhida em virtude da guerra com a Rússia.
A estimativa de área foi reduzida de 6,1 milhões de hectares para 5,3 milhões de hectares. Já a safra de milho foi aumentada em 1,5 milhão de toneladas, para 29,6 milhões de toneladas (42,1 milhões de toneladas em 2021) com o maior rendimento provocado pelas melhores condições climáticas nas principais regiões de cultivo no norte e no centro da Ucrânia. A previsão de área média foi aumentada de 6,1 milhões de hectares para 6,5 milhões de hectares. A safra total de grãos da Ucrânia é prevista em 56,5 milhões de toneladas.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Mercado segue pressionado pela oferta de fora
MERCADO: Mercado segue lateralizado, compradores e vendedores locais, muito ausentes. Fábricas com foco total em receber contratos futuros do centro-oeste, sem olhar muitas ofertas novas. Há muitas reclamações sobre atrasos de entregas dos milhos contratados, que acaba tumultuando o mercado, pois indústria não faz novas compras, para não comprometer seus fluxos de recebimentos.
Interesse de compra no RS situa-se entre R$ 89,00 até R$ 92,50 dependendo da localização, tanto para diferido quanto para tributado. Porém não se acha ofertantes nestes níveis.
- PREÇOS DE BALCÃO, em Panambi, mantiveram-se em R$ 80,00 ao produtor.
SANTA CATARINA: Preços do milho do Centro-Oeste são menores do que o do milho local
MERCADO INTERNO: Continuam os pequenos negócios para pequenas granjas, mas nada que forme mercado. Os vendedores continuam resistindo em fazer negócios com preços mais baixos. Os preços do milho dos estados do Centro-Oeste chegariam ao redor de R$ 78,50, abaixo das pedidas dos vendedores locais.
Os grandes compradores continuam recebendo contratos fechados anteriormente no Centro-Oeste do país, sem nenhum interesse nas ofertas locais (mais altas), no momento.
PARANÁ: Mercado devagar, quase parando
MERCADO LOCAL: Soubemos de apenas um negócio hoje, na Ferrovia, em Maringá: 1.000 toneladas a R$ 82,50, para uma Trading, pagamento no final de setembro. E em Cascavel 300 toneladas a R$ 82,00 CIF.
EXPORTAÇÃO: Os preços mantém pequena oscilação diária. Hoje em Paranaguá, para a Safrinha de 2022, as indicações foram de R$ 85,70 para entrega entre 15/8-5/9 e pagamento 15/9; para entrega em setembro chio R$ 86,20, pagamento final do mês; para entrega em outubro, R$ 87,00 pagamento 31/10; para engrega em novembro R$ 88,20 pagamento 30/11 e para entrega em dezembro R$ 89,30 pagamento 30/12.
Para entregas na Ferrovia, em Maringá (CIF Ricolog ou Rhall) em setembro R$ 79,50, pagamento 30/9; em outubro R$ 81,30 pagemento 31/10 e em novembro R$ 83,00, pagamento 30/11.
MATO GROSSO DO SUL: Preços recuam e se tornam ainda mais competitivos no Sul do país e exportação
MERCADO: O excesso de oferta, provocado pela colheita, que continua firme no estado, fez os preços recuarem de 3% a 7%, como mostramos na tabela acima. Como tem acontecido todos os dias, mais uma vez os exportadores do estado venderam mais milho para exportação, mas na ferrovia, em Maringá-PR a preços ao redor de R$ 81,50/82,00/saca posto.
GOIÁS: Milho de Goiás é competitivo na exportação e no mercado interno
COMPETITIVIDADE NO SUL E NA EXPORTAÇÃO: Os preços em Goiás estão muito competitivos, tanto para a exportação como para o mercado interno, inclusive dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, como mostramos na tabela acima. Seria possível comprar milho a R$ 69 no sul do estado de Goiás, que chegaria a Santa Catarina ao redor de R$ 85,00/saca, mais ICMS, contra R$ 90,00 negociados no estado. No Rio Grande do Sul este milho chegaria ao redor de R$ 85,00 (ou menos), contra R$ 90 locais.
Fonte: T&F Agroeconômica