CHUVAS NESTE FIM DE SEMANA DERRUBARAM OS PREÇOS: Chuvas em partes do Cinturão do Milho estão pressionando as cotações para baixo nesta segunda-feira. A previsão para o prazo de 8 a 14 dias prevê temperaturas mais frias e melhores de precipitação na metade sul do Cinturão do Milho para completar agosto.
EUA-EXPORTAÇÕES MENORES: Os dados da Inspeção de Exportação mostraram embarques de milho de 538.406 toneladas na semana encerrada em 11/08, um pouco abaixo da semana anterior e uma queda de 32,1% em relação à mesma semana do ano passado. Os embarques de milho no acumulado do ano foram registrados em 53,08 MT, queda de 18% em relação a um ano atrás. Os dados reais do Censo (até junho) estão funcionando bem com os dados das inspeções. O relatório de Inspeções mostrou exportações de sorgo de 60.144 toneladas naquela semana, com os totais acumulados no ano subindo 6,7% em relação ao ano passado.
LAVOURAS AMERICANAS PIORAM 1 P.P: O mercado espera ver classificações de safra estáveis a mais fracas para o milho no relatório Crop Progress no final desta tarde. Depois do pregão, o relatório apresentou queda de 1 p.p. na soma das condições boa + excelente (57%, contra 58% da semana passada e 62% da média dos últimos 5 anos). Este será um fator de alta nesta terça-feira em Chicago.
MILHO BRASIL: Milho é destaque em movimentação do 1o semestre de 2022, e cresce 121% Apesar da movimentação geral do setor portuário ter registrado um decréscimo no primeiro semestre do ano, a carga agrícola apresentou variação positiva. O destaque foi para o milho, cuja movimentação nos primeiros seis meses, em comparação com o mesmo período do ano passado, cresceu 121%, segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Nos portos públicos, apenas Santos (SP) e Itaqui (MA) registraram aumento na movimentação do primeiro semestre, ante o mesmo período do ano passado. No porto de Santos, foram 62,6 milhões de toneladas, alta de 5,6%. Em Itaqui, o crescimento foi de 1,6%, com 15,7 milhões de toneladas movimentadas.
B3: Milho fecha em baixa, com a queda de Chicago e deterioração do preço de exportação
CAUSAS DA OSCILAÇÃO DE HOJE: A forte queda de 2,11% da cotação do milho em Chicago, base para o cálculo de exportação, nesta segunda-feira, maior do que a leve alta de 0,35% do dólar voltou a esfriou ainda mais as negociações de milho, que tinham sido intensas durante a semana passada, marcando a forte instabilidade (sobe e desce) das cotações no mercado futuro da B3 em São Paulo.
Como a exportação é o driver da tendência de preços, qualquer fator que a atinja, afeta o comportamento dos mercados físico e futuro. De qualquer maneira, os preços subiram no comparativo semanal, como mostramos abaixo.
OS FECHAMENTOS DO DIA: Com isto, as cotações futuras fecharam em queda no dia e alta na semana: o vencimento setembro/22 fechou a R$ 87,52, queda de R$ 1,22 no dia e alta de R$ 1,39 na semana nos últimos 5 pregões (semana); já novembro/22 fechou a R$ 90,64, queda de R$ 0,95 no dia e alta de R$ 2,16 na semana e janeiro/23 fechou a R$ 93,24, queda de R$ 0,85 no dia e alta de R$ 1,78 na semana.
CHICAGO: Milho caiu 2,11% acompanhando o petróleo, as chuvas do fim de semana e a economia chinesa
FECHAMENTOS: A cotação do milho para setembro, que é o novo mês base, fechou em queda de 2.11% ou $ 13,50 cents/bushel a $ 626,25. A cotação para março 2023, início da nossa safra de verão, fechou em queda de 2,16% ou $ 14,0 cents ou a $ 635,0.
CAUSAS DA ALTA DE HOJE: Queda nos preços do petróleo (que afetam o milho via etanol) avanço do dólar, chuvas no Meio-Oeste dos EUA neste fim de semana e perspectivas de mais chuvas para os próximos dias e preocupações com a desaceleraçãoda economia chinesa que poderá afetar a demanda pressionaram as cotações nesta segunda-feira em Chicago.
Fonte: T&F Agroeconômica