CAUSAS DA ALTA DE HOJE: Recuperação moderada, por tomada de lucros e compras de oportunidade, após quedas de 4,6% (US$ 11) nas duas últimas sessões. Dados ligados à menor intenção de plantio na Argentina para a nova safra, acrescentaram firmeza. Os preços continuam condicionados pelas chuvas que favorecem o futuro da produção nos EUA e a retomada dos embarques da Ucrânia.

BRASIL EXPORTA DDG: Fontes de Paranaguá observam que o Brasil está enviando DDGs para o Vietnã agora que parte de sua produção de etanol vem do milho e não apenas da cana-de-açúcar. Uma carga de 55.000 T foi relatada deixando o porto. Outras 32.320 toneladas estão sendo embarcadas pela Viterra para a Nova Zelândia no porto de Imbituba-SC, pelo navio “Hebe Harmony”.

BRASIL-BIODIESEL: A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou que houve uma retração de 12,1% na produção do biocombustível no primeiro semestre de 2022 em comparação com o mesmo período do ano anterior, com a queda principalmente relacionada o não incremento de uma maior porcentagem de biodiesel no diesel pelo governo brasileiro (permanecendo nos 10%) e pela dificuldade de compra da matéria prima proveniente do petróleo.

GIRO PELOS ESTADOS:

RIO GRANDE DO SUL: Tudo igual, milho chegando de fora mais barato do que o local

Mercado segue estável, com compradores e vendedores locais, muito ausentes. Reporte de alguns negócios muito pontuais a R$ 90,00 FOB interior. Fábricas com foco total em comprar/receber contratos do centro-oeste, olham ofertas novas, mas suas indicações são muito aquém do que o vendedor deseja.

Interesse de compra no RS situa-se entre R$ 91,00 até R$ 92,50 posto fábricas, dependendo da localização, para o mercado diferido. Preços de balcão, em Panambi, mantiveram a alta do dia anterior para R$ 82,00 ao produtor.

SANTA CATARINA: Mercado continua retraído com ausência de compradores

Com sucessivas quedas em Chicago e na B3, os compradores se ausentaram, abastecidos que estão pelo recebimento de contratos do Centro-Oeste que lhes chegam ao redor de R$ 85-87/saca.

EXPORTAÇÃO: O porto de São Francisco do Sul ainda recebe ofertas de milho, mas de outros estados, principalmente do Paraná.

PARANÁ: Muita atividade de exportação, tanto na ferrovia, quanto no porto; no interior, só granjas

FERROVIA-MARINGÁ: Muitos negocios hoje na ferrovia. Segundo corretores entre três importantes Tradings foram negociadas cerca de 15 mil tons a R$ 84,00, pagamento final de setembro.

PARANAGUÁ: No porto cerca de 10.000 toneladas foram compradas a R$ 89,90, pagamento dia 15/09, por vários compradores.

INTERIOR: Somente pequenas granjas e pouco volume. Único negócio visto foi em Carambei onde se pagou R$ 84,00 CIF. Os compradores maiores continuam recebendo milho de Goiás, que lhes chegam ao redor de R$ 78-80,00/saca CIF.

MATO GROSSO DO SUL: Com alta de Chicago e do dólar, alguns negócios de exportação realizados

Com as altas somadas de Chicago e do dólar nesta quarta-feira, alguns negócios foram realizados, embora os preços ainda não estejam nos níveis desejados pelos agricultores. Sua pedida é de R$ 75,00/saca e os preços que os compradores puderam oferecer aos vendedores para exportação ainda não chegou neste nível. Também os compradores do mercado interno, acuados pelas dificuldades de retorno dos fretes, não puderam melhorar os preços, de modo que o dia hoje passou praticamente em branco pelo terceiro dia consecutivo, no estado.

GOIÁS: Com as altas de Chicago e do dólar, alguns negócios foram realizados

A exportação voltou a tomar a dianteira, nesta quarta-feira, no estado, com a alta do dólar, somada a alta de Chicago e alguns negócios foram realizados.

COMPETITIVIDADE SOMENTE NA EXPORTAÇÃO: Os preços em Goiás continuam competitivos, mas somente para a exportação. Os compradores do mercado interno e, nesta segunda-feira, também as Tradings, reduziram fortemente os preços ao redor de R$ 4/saca, como mostramos na tabela ao lado. Por isso, o agricultor, capitalizado, decidiu retirar as suas ofertas.

MILHO PARAGUAIO: Vendedores ansiosos por vender, mas preços caem e Brasil sofre com alta do dólar

Com os preços caindo novamente, os preços também sofreram algumas correções localmente. As bases sobre mercado de FAS são estáveis, com as cotações do mercado futuro ditando preços do mercado físico e a indústria local acompanha esses movimentos para não muito distantes, uma vez que se mostram bem abastecidos.

O mercado brasileiro sofreu com a alta do dólar durante o dia e alguns compradores que foram um pouco mais agressivos no início do dia acabaram recuando em seus números.

VENDEDORES ANSIOSOS POR NEGÓCIO: Os vendedores neste momento não estão muito ansiosos por negócios, após boas liquidações nas semanas anteriores, mas seguem de perto e buscam localizar posições, principalmente com entrega imediata, para garantir o recebimento da última seção da safra.

MILHO BRASIL-EXPORTAÇÃO: Dia bem movimentado com bom farm selling

Os negócios de exportação de milho são feitos à base de prêmios, aqui reproduzidos. Nós calculamos os preços flat para dar uma ideia do valor das exportações para poderem ser comparados aos do mercado interno.

Hoje as ofertas foram muitas, de várias partes do país. Nos portos de Santos-SP e Tubarão-ES o prêmio se manteve em 125 para setembro, sem comprador; outubro subiu para 125, comprador 115; novembro manteve 135, comprador subiu para 120 e dezembro
manteve para 140, com comprador manteve 120. Nos portos de Barcarena-PA e Itaqui-MA prêmios de vendedor a 125, para setembro, sem comprador; 135 para outubro, com comprador a 125; novembro a 135 com comprador subindo para 120 e dezembro vendedor reduziu para 140, com comprador a 120.

MILHO ARGENTINO: Sobe e desce e continua sempre caro para o Brasil

Os negócios de milho são feitos com base em prêmios, mas nós os convertemos aqui em US$/t para dar uma ideia do que poderiam significar em termos de custo efetivo para os importadores brasileiros.

Com a alta de Chicago, os preços equivalentes do milho argentino, que utilizam navios Handysize nos portos do UpRiver para os embarques de agosto recuaram para US$ 270. Setembro recuou para US$ 270, outubro para US$ 273, novembro a US$ 275, dezembro a US$ 276 e safra nova, março e abril não foram cotados hoje. Para os embarques em navios Panamax, nos portos oceânicos de Bahia Blanca e Necochea permaneceram a US$ 282 para setembro, recuaram para US$ 282 outubro e para US$ 284 dezembro.

DERIVADOS DE MILHO 2 – DDG WDG – MS e GO

O preço médio do DDG caiu 0,2% na segunda quinzena de julho frente a primeira quinzena do mês e ficou em R$1.626,35 por tonelada (referência Mato Grosso e Goiás), sem o frete, considerando os preços convertidos para 30% de proteína bruta (PB). Na primeira quinzena de agosto a cotação do DDG subiu 0,3%. O preço do WDG ficou estável ao longo de julho em R$590,59 por tonelada, sem o frete (referência Mato Grosso e Goiás), considerando o preço convertido para 30% de proteína bruta (PB). Na primeira quinzena de agosto a cotação do WDG subiu 2,2%.

B3: Milho fecha em levíssima alta, seguindo Chicago e a alta do dólar

A alta de 0,78% da cotação do milho em Chicago, base para o cálculo de exportação, nesta quarta-feira, somada à alta de 0,53% do dólar voltou a impulsionar as negociações de milho: soubemos de pelo menos 20 mil tons negociadas para exportação no Paraná e dando impulso às cotações do mercado futuro de São Paulo. Como a exportação é o driver da tendência atual dos preços, qualquer fator que a atinja, afeta o comportamento dos mercados físico e futuro.

Com isto, as cotações futuras fecharam em levíssima alta no dia e na semana, com exceção do primeiro mês cotado: o vencimento setembro/22 fechou a R$ 85,75, alta de R$ 0,06 no dia e queda de R$ 1,33 na semana nos últimos 5 pregões (semana); já novembro/22 fechou a R$ 89,88, alta de R$ 0,01 no dia e de R$ 0,34 na semana e janeiro/23 fechou a R$ 92,93, inalterado no dia, mas, alta de R$ 0,45 na semana. Veja os demais resultados, na tabela de fechamento acima.

CHICAGO: Milho fecha em alta por tomada de lucros após duas sessões de queda

A cotação do milho para setembro, que é o novo mês base, fechou em alta de 0,78% ou $ 4,75 cents/bushel a $ 615,75. A cotação para março 2023, início da nossa safra de verão, fechou em alta de 0,28% ou $ 1,75 cents ou a $ 619,75.

ETANOL EUA: Dados do EIA divulgados nesta manhã mostraram que a produção caiu para 983 mil barris por dia na semana encerrada em 12 de agosto, uma redução de 39 mil bpd em relação à semana anterior. Mesmo com a redução da produção, os estoques
subiram 190.000 barris para 23,446 milhões de barris, implicando em menor demanda.

EXPECTATIVA EXPORTAÇÕES EUA: Antes do relatório de vendas de exportação de quinta-feira, os traders esperam que o USDA mostre 0-400.000 MT em vendas de safras antigas. Nova safra é vista em 300.000- 700.000 MT.

RENDIMENTO MILHO EUA: A previsão de rendimento da consultoria Barchart US para o milho dos EUA foi atualizada para 175,37 bpa (11.793,82 kg/hectare), uma queda de 2,44 bpa (164,09 kg/hectare) em relação à estimativa anterior.

Fonte: T&F Agroeconômica

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