FECHAMENTOS DO DIA 12/01: A cotação de março fechou em forte alta de 2,29% ou $ 15,0/bushel a $ 671,0. A cotação para julho 2023, início da nossa safra de inverno, fechou em alta de 2,0% ou $ 13,0/ bushel a $ 648,50.
CAUSAS DA ALTA: Os futuros de milho reverteram perdas e fecharam em alta expressiva nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). Os ganhos foram sustentados por dados de produção dos Estados Unidos que vieram abaixo do esperado. Também os estoques trimestrais de milho tiveram queda de 7,15% sobre o ano anterior. O USDA também reduziu a produção do Brasil e da Argentina, dando suporte aos preços. A queda do dólar e a alta do petróleo também deram suporte às cotações.
RELATÓRIO DO USDA – O relatório apresentado pelo USDA sobre o MILHO, está inserido juntamente com os GRÃOS FORRAGEIROS e foi descrito, como segue:
MILHO NOS EUA: As perspectivas de milho dos EUA para 2022/23 deste mês são de produção reduzida, alimentos, sementes e uso industrial (FSI), rações e uso residual, exportações e estoques finais. A produção de milho foi estimada em 13,730 bilhões de bushels, (348,74 MT) uma queda de 200 milhões (5,08 MT), já que um aumento no rendimento é mais do que compensado por um corte de 1,6 milhão de acres na área colhida. O uso total de milho foi reduzido em 185 milhões de bushels (4,7 MT) para 13,915 bilhões (353,44 MT).
As exportações caíram 150 milhões de bushels (3,81MT) para 1,925 bilhão (48,89 MT), refletindo o ritmo lento dos embarques até dezembro e o menor nível de vendas pendentes no início de janeiro desde o ano-safra 2019/20. O uso de FSI foi reduzido em 10 milhões de bushels (254 mil tons), com reduções no milho usado para amido, glicose e dextrose. A alimentação e o uso residual caíram 25 milhões de bushels para 5,275 bilhões (133,98 MT), com base no desaparecimento indicado durante o trimestre de setembro a novembro, conforme refletido no relatório de estoques de grãos. Com a oferta caindo mais do que o consumo, os estoques de milho 2022/23 foram reduzidos em 15 milhões de bushels (381 mil tons). O preço médio do milho recebido pelos produtores permanece inalterado em US$ 6,70 por bushel.
MILHO NO MUNDO: A produção global de grãos forrageiros para 2022/23 está prevista para cair 7,3 milhões de toneladas, para 1.446,4 milhões. As perspectivas de grãos forrageiros estrangeiros para este mês são de menor produção, maior comércio e estoques reduzidos. A produção estrangeira de milho está prevista para menor, com quedas na Argentina e no Brasil, parcialmente compensadas por um aumento na China. A produção foi reduzida para a Argentina, refletindo quedas na área e no rendimento, como calor e seca durante dezembro e início de janeiro reduzir as perspectivas de rendimento para o milho plantado precocemente nas principais áreas centrais de cultivo.
A produção de milho do Brasil para 2022/23 foi cortada refletindo as condições de seca para o milho de primeira safra em partes do sul do Brasil. A produção de milho da China está maior com base nos dados mais recentes de área e rendimento da Agência Nacional de Estatísticas. A produção de cevada aumenta no Reino Unido, mas diminui na Ucrânia.
As principais mudanças globais no comércio de grãos forrageiros para 2022/23 incluem o aumento das exportações de milho para a Ucrânia e reduções para a Argentina e os Estados Unidos. Para 2021/22, as exportações da Argentina para o ano comercial que começa em março de 2022 estão reduzidas com base nas observações verificadas nos embarques até o momento, enquanto o Brasil foi aumentado. As importações de milho para 2022/23 foram reduzidas para o Vietnã e o Peru.
A alimentação de milho da China e o uso residual foram aumentados com base em uma safra maior e menores importações de sorgo. Os estoques finais de milho estrangeiro caíram, principalmente refletindo reduções para Ucrânia, Brasil, Paquistão e Paraguai com um aumento parcialmente compensador para a China. Os estoques globais de milho, em 296,4 milhões de toneladas, caíram 2,0 milhões.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
Milho voltou a fechar na terceira queda consecutiva, diante da queda expressiva do dólar
CAUSAS DA OSCILAÇÃO: A equação a ser compreendida sobre a queda das cotações de milho hoje na B3 é a seguinte: queda forte do dólar no Brasil (-1,55%) = menos suporte para exportação = mais disponibilidade interna = menos disputa entre mercado interno e externo = preços teoricamente menores. O que estamos presenciando no Brasil são grandes compradoras aumentando momentaneamente os seus preços para se abastecer e depois ficar fora de mercado, voltando a pressionar os preços lá na frente, compensando a alta atual. Sabemos que, a partir de fevereiro, as exportações voltarão com força no Brasil, motivo pelo qual as cotações de março em diante se fortaleceram.
OS FECHAMENTOS DO DIA 12/01: Com isto, as cotações futuras fecharam mistas no dia e no comparativo semanal para todos os meses: o vencimento janeiro/23 fechou a R$ 87,50, queda de R$ 0,14 no dia e de R$ 0,05 na semana (últimos 5 pregões); março/23 fechou a R$ 92,51, alta de R$ 0,33 no dia e de R$ 0,76 na semana e maio/23 fechou a R$ 91,93, alta de R$ 0,27 no dia e de R$ 1,38 na semana.
Fonte: T&F Agroeconômica