FECHAMENTOS DO DIA 06/11: A cotação para dezembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou estável a $ 477,25. A cotação de março24, referência para a nossa safra de verão, fechou em alta de 0,05 % ou $ 0,25 cents/bushel a $ 492,50.
CAUSAS DA ESTABILIDADE: O milho negociado em Chicago fechou praticamente estável nesta segunda-feira. O mercado ficou dividido entre os atrasos e dificuldades do plantio no Brasil e os fracos dados de embarque nos EUA. O plantio da safra de milho de verão no Brasil pode até estar dentro do esperado para o período, mas os atrasos da soja podem reduzir a área semeada de milho safrinha. Essa perspectiva é um fator altista para Chicago. No entanto, o Brasil está batendo recordes de exportação, enquanto os EUA ainda não embalaram nas vendas essa temporada. O USDA relatou embarques de 535.191 toneladas de milho essa semana, redução de 1,03% ante a semana anterior. Com uma grande disponibilidade de grãos no mercado e uma demanda fraca, as cotações americanas estão operando com pequenas oscilações nos últimos dias.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-EXPORTAÇÕES JÁ ESTÃO MAIORES QUE O ANO PASSADO: Os dados das Inspeções semanais contabilizaram 535.191 toneladas de exportações de milho na semana encerrada em 02/11. Isso é semelhante aos 541 mil MT enviados na semana passada, mas bem acima dos 254 mil MT enviados durante a mesma semana do ano passado. O México foi o principal destino da semana. O USDA registrou que o total da temporada está listado em 5.489 MMT (201,7 mbu), em comparação com 4,47 MMT do ano passado.
ESTIMATIVAS PRÉ-WASDE: As estimativas pré-relatório para o relatório WASDE de novembro mostram que os analistas estão esperando um desempenho de milho mais flexível. A estimativa comercial média é de estoques finais maiores de 29,6 mbu, de 2,141 bilhões de bushels (54,38 MT). Em média, o mercado espera que a produção aumente em 25 mbu (635 mil t), com um aumento de rendimento de 0,3 bpa. A média das respostas para a produção de milho na América do Sul é 500 mil toneladas menor para a Argentina e um corte de 1,4 milhões de toneladas para o Brasil.
CHINA-COLHEITA DE MILHO ESTÁ ATRASADA: Notícias sugerem que a colheita de milho na China está sendo atrasada pelo frio e pela neve recentes. Os preços do milho em Dalian foram de 2.560 yuans/tm (~$9,58/bu) em novembro e estavam 21 yuans mais altos, para 2.563 (~$9,59/bu) no contrato de janeiro.
EUA-COLHEITA DE MILHO: O USDA informou, no final da tarde dessa segunda-feira, que a colheita nos 18 estados listados alcançou 81% da área plantada, ante 71% da semana anterior, 85% do ano passado e acima dos 77% da média histórica.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3 fecha em alta com correção do mercado após o feriado.
CAUSAS DA ALTA: Os contratos de milho na BMF fecharam em alta nesta segunda-feira. O milho B3 operou em recuperação com sinais de demanda nos portos. No entanto, a vasta safra brasileira disponível e a grão americano que está entrando no mercado devem manter os preços pressionados no curto/médio prazo.
CEPEA: Os preços do milho avançam no mercado brasileiro, voltando a operar na casa dos R$ 60 por saca de 60 kg na semana passada. Segundo pesquisadores do Cepea, demandantes nacionais estão mais ativos no mercado spot, ao passo que vendedores estão afastados das negociações – estes agentes estão focados nos trabalhos de campo. Nos portos, apesar de o ritmo de comercialização ter diminuído ao longo de outubro, os embarques do milho se mantiveram aquecidos no mês, reflexo das entregas de lotes negociados antecipadamente. Segundo dados da Secex, foram embarcadas 8,44 milhões de toneladas em outubro, superando em 24,5% o volume de outubro/22, mas 3,5% inferior ao de setembro/23. Fonte: Cepea
OS FECHAMENTOS DO DIA 06/11: Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em alta: o vencimento de novembro/23 foi de R$ 60,69, alta de R$ 0,55 no dia, alta de R$ 0,46 na semana; janeiro/24 fechou a R$ 64,32 alta de R$ 0,69 no dia, alta de R$ 1,24 na semana; o vencimento março/24 fechou a R$ 68,26, alta de R$ 0,67 no dia e alta de R$ 1,38 na semana.
Fonte: T&F Agroeconômica