As cotações do milho, em Chicago, ensaiaram uma recuperação, porém, o movimento não foi intenso. Com isso, o fechamento desta quinta-feira (08) acabou ficando em US$ 6,74/bushel, contra US$ 6,58 no dia 1º de setembro, considerando o primeiro mês cotado.
O USDA indicou que, até o dia 04/09, as lavouras de milho estadunidenses se mantinham com 54% entre boas a excelentes, contra 53% esperados pelo mercado e 59% registrados um ano antes, na mesma data. Cerca de 63% das lavouras estavam na fase do milho dentado e 15% em fase de maturação, sendo que a colheita deve ganhar força na segunda quinzena do corrente mês.
Quanto aos embarques do cereal, por parte dos EUA, na semana encerrada em 1º de setembro, os mesmos alcançaram a 518.373 toneladas, ficando próximo do volume mínimo esperado pelo mercado.
Aqui no Brasil, os preços reagiram um pouco, com a média gaúcha fechando a semana em R$ 84,47/saco, sendo que as principais praças do Estado trabalharam com R$ 84,00/saco. Já nas demais praças nacionais, o preço do cereal oscilou entre R$ 65,00 e R$ 85,00/saco. E na B3, na abertura do pregão, no dia 08/09, após o feriado nacional, os contratos de milho operavam nos seguintes valores: setembro/22 à R$ 84,36; novembro/22 à R$ 88,90; e janeiro/23 à R$ 93,00.
Dito isso, tem-se que a produção de milho, safra 2021/22, foi consolidada em 43,8 milhões de toneladas no Mato Grosso. A mesma superou a frustrada safra anterior em 34,6%. A área total semeada ficou em 7,15 milhões de hectares, após novos georreferenciamentos. Já para a nova safra 2022/23, a área poderá chegar a 7,27 milhões de hectares, ganhando 1,8% sobre o último ano. Espera-se uma produção em aumento de 3,9%, atingindo a 45,54 milhões de toneladas. (cf. Imea)
Enquanto isso, no Mato Grosso do Sul, segundo a Famasul, 85,6% da área de milho safrinha havia sido colhida até o dia 02/09, contra 91,1% na média histórica. A estimativa de colheita permanece em 9,34 milhões de toneladas, sobre 1,99 milhão de hectares, com uma produtividade média de 78,1 sacos/hectare. Em termos de preço, na última semana o mesmo recuou, ficando na média de R$ 70,25/saco. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o preço atual representa um recuo de 12,8%. Enfim, até o início de setembro os produtores sul-matogrossenses haviam negociado 42% de sua safrinha, ou seja, 26 pontos percentuais abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior.
Por sua vez, a área total da safrinha 2022, no Centro-Sul brasileiro, registrava colheita de 98% até o dia 1º de setembro. Enquanto isso, o plantio do milho de verão atingia a 9% da área na mesma região. Em termos da colheita da safrinha, faltava alguma coisa a ser cortado no Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, lembrando que a colheita, na região do Matopiba, atingia a 95% da área em 02/09. (cf. AgRural e Safras & Mercado)
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Fonte: Informativo CEEMA UNIJUI, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹
1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUI, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUI).