A área estimada de cultivo para a safra 2022/2023 é de 831.786 hectares. A produtividade esperada é de 7.337 kg/ha. A cultura alcançou 64% da área implantada. As lavouras apresentam, de modo geral, um desenvolvimento inicial mais lento devido às temperaturas mais baixas. Em algumas microrregiões, o aquecimento do ar já propiciou o aceleramento no crescimento das plantas. Nas regiões onde ocorreram chuvas, as lavouras mais antigas receberam adubação nitrogenada em cobertura, e os produtores efetuaram o controle de plantas daninhas.

Quanto ao aspecto fitossanitário, a presença de pragas, como cigarrinha e pulgões, alertou para a necessidade de continuidade no monitoramento e de controle em situações de maior ocorrência.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a redução do teor de umidade nos solos, devido à insuficiência de chuvas, interrompeu as aplicações de fertilizantes nitrogenados e herbicidas nas lavouras. Em São Gabriel, o plantio foi suspenso, pois as condições de baixa umidade nos solos podem comprometer a germinação e a emergência uniforme das lavouras. Em São Borja, onde a semeadura já foi concluída, observam-se sintomas de estresse hídrico em alguns cultivos. Em relação ao aspecto fitossanitário, os produtores continuam monitorando a presença de percevejos, lagartas e cigarrinhas.

Na de Caxias do Sul, a semeadura avançou mais intensamente, embora as temperaturas noturnas ainda se mantenham baixas. Nos Campos de Cima da Serra, ainda está em início e de forma lenta. Já nos municípios mais próximos aos Aparados da Serra, a semeadura iniciará somente no final do mês de outubro.

Na de Erechim, 95% das lavouras foram semeadas, sendo que 5% estão em estádio de emergência e 95% em desenvolvimento vegetativo. Durante o período, houve uma melhora nas condições gerais das lavouras pela maior incidência de radiação solar e aumento nas temperaturas.

Na de Ijuí, a programação de semeadura, entre os meses de agosto e setembro, foi cumprida. A retomada de plantio deverá ocorrer no final de dezembro e em janeiro para completar a área projetada com a cultura na safra 2022/2023. A estratégia visa escalonar a produção, e, no intervalo, os produtores se dedicarão a semeadura de outras culturas, como a soja. As precipitações regulares, embora de baixo volume, e a disponibilidade de radiação solar vêm contribuindo para a uniformização da emergência e do desenvolvimento da cultura na região.

As plantas emergidas no período tiveram crescimento mais rápido, desenvolvendo folhas mais largas e coloração verde mais intensa. As lavouras requeimadas pelas geadas em 04/09 mostraram recuperação e não foram necessários replantes. Houve continuidade nos tratos culturais, com aplicações de herbicidas para o controle de ervas indesejáveis, de inseticidas para cigarrinha do milho e de nitrogênio em cobertura.

Na de Passo Fundo, até o momento, 85% da área estimada já foi plantada, e o restante já teve a vegetação dessecada para a semeadura a ser realizada nos próximos dias.

Na regional de Pelotas, foram semeados 6% da área estimada, e os produtores ainda encaminham projetos de financiamento aos agentes financeiros para o custeio da safra.

Na de Santa Maria, foram implantadas aproximadamente 30% das lavouras previstas, pois a maior parte dos cultivos serão realizados em sucessão com a cultura do fumo, que ainda se desenvolve.

Na de Santa Rosa, as lavouras apresentam muito bom aspecto, com coloração verdeescura e com boa uniformidade de estande. As temperaturas mais elevadas aceleraram o desenvolvimento, elevando o porte das lavouras. Com plantas avançando além do estádio V5 e com a baixa presença de cigarrinhas, as aplicações de inseticidas foram reduzidas. Entretanto, há preocupação com a possiblidade de infecção do vírus do enfezamento, que só manifestará os sintomas na fase inicial de florescimento.

Na de Soledade, estima-se que 46% foram semeados. A implantação de lavouras do cedo deverá atingir 55% da área estimada, e os 45% restantes serão realizados mais tardiamente no final do período recomendado pelo zoneamento agrícola. A ocorrência de chuvas manteve o teor de umidade nos solos, favorecendo o desenvolvimento das lavouras. Nas lavouras mais antigas, localizadas em regiões de menor altitude, houve prosseguimento nos tratos culturais de adubação nitrogenada em cobertura e o controle de plantas invasoras com herbicidas pós-emergentes. Em algumas lavouras, também foram realizadas aplicações de inseticidas para o controle da cigarrinha.

Comercialização (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, o valor médio cresceu +0,02%, passando de R$ 84,00 para R$ 84,02. O produto disponível em Cruz Alta permanece em R$ 90,00.

Fonte: Emater/RS – ASCAR – Informativo Conjuntural – nº 1731



 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.