As chuvas recentes favorecem as lavouras de milho safrinha (implantadas em janeiro e fevereiro), preservando seu potencial produtivo. As áreas semeadas no período intermediário, entre novembro e meados de dezembro, encontram-se nas fases de floração e enchimento de grãos. Embora as precipitações recentes tenham melhorado o aspecto visual dessas lavouras, deve ocorrer uma redução no rendimento, proporcional à escassez hídrica e às altas temperaturas em janeiro e fevereiro, que acentuaram o desequilíbrio hídrico das plantas.
As áreas semeadas mais precocemente (até outubro de 2024) foram colhidas, e apresentaram produtividade satisfatória, superando, em muitos casos, as projeções iniciais.
Durante o período, a colheita progrediu de forma célere, alcançando 68%, beneficiada pelas condições de baixa umidade relativa do ar, que reduziu os teores de umidade nos grãos mais rapidamente. Esse avanço na colheita foi uma estratégia para adiantar as atividades antes da intensificação das operações com a soja, que passará a ser priorizada pelos produtores.
Também foi possível, em razão das chuvas, realizar a aplicação de herbicidas para controle de plantas daninhas e a adubação nitrogenada em cobertura. Pontualmente foi efetuado controle de pragas.
Para a Safra 2024/2025, a Emater/RS-Ascar estima o cultivo de 748.511 hectares, e a produtividade média de 7.116 kg/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, a estimativa de produção está próxima à projeção inicial, e os cultivos estão predominantemente na fase de enchimento de grãos, e parte em maturação. Na Fronteira Oeste, em São Borja e Manoel Viana, a colheita foi concluída. As produtividades ficaram em patamares estimados para as áreas de sequeiro (de 5.400 a 8.400 kg/ha), e acima da média nas áreas irrigadas (superiores a 12 mil kg/ha).
Na de Caxias do Sul, a colheita avançou em ritmo acelerado na Serra, e está em fase inicial nos Campos de Cima da Serra. As produtividades observadas até o momento estão em conformidade com as estimativas iniciais da safra, e a qualidade dos grãos apresenta padrões elevados.
Na de Ijuí, 96% foram colhidos, e o rendimento médio está em 8.800 kg/ha. Nas áreas implantadas entre o final de dezembro e o final de janeiro, o desenvolvimento está heterogêneo, condicionado à distribuição e aos volumes das precipitações registradas no período.
Na de Passo Fundo, 70% da área está em colheita; 25% em maturação fisiológica; e 5% em enchimento de grãos. As precipitações ocorridas no período contribuíram para a estabilização das perdas
Na de Pelotas, as precipitações, embora irregulares, proporcionaram umidade suficiente para o desenvolvimento das plantas e para o enchimento de grãos nas espigas. Estão 12% das áreas em fase vegetativa; 25% em pendoamento, 39% em enchimento de grãos; 5% em maturação fisiológica; e 19% colhidos.
Na de Santa Rosa, 92% foram colhidos, e a produtividade média se aproxima de 7.500 kg/ha. O restante da área foi semeado em safrinha e encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo. No entanto, observa-se maior incidência de pulgões e cigarrinhas nessas lavouras em comparação ao milho de primeira safra, o que exige monitoramento constante e aplicação de inseticidas para evitar a transmissão do vírus do enfezamento.
Na de Soledade, as áreas em resteva de tabaco, milho silagem e feijão se recuperaram bem em função do retorno das chuvas, e o potencial produtivo está adequado.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 1,15%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 67,69 para R$ 66,91.
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Fonte: Emater RS