No período, a semeadura de milho alcançou 68% da área projetada para a safra. A maior parte das lavouras do Estado encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo (96%), e as áreas semeadas mais precocemente estão em florescimento (4%).
Para que o plantio do cedo seja concluído, ainda restam semeaduras nas regiões da Campanha e dos Aparados da Serra.
As precipitações frequentes e bem distribuídas mantiveram a umidade do solo em níveis adequados, além da alta incidência de radiação solar durante o dia e das temperaturas amenas à noite, que favoreceram o bom estande de plantas e o elevado potencial produtivo.
Na maior parte das regiões, a adubação nitrogenada em cobertura, executada entre os estágios vegetativos V2 e V4 – 2 e 4 folhas estendidas – foi concluída, e a cultura responde bem devido às condições favoráveis de umidade do solo, que garantiram a dissolução adequada do nutriente e sua assimilação pelas plantas no momento oportuno.
Para as lavouras em estágio de V6 a V8, os produtores aproveitaram as previsões de chuva para antecipar a aplicação da segunda dose de nitrogênio em cobertura, visando maximizar a eficiência da absorção do nutriente.
Em relação ao manejo fitossanitário, a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) precisou ser controlada no Alto Uruguai, onde os danos têm sido mais intensos. Pontualmente, no Planalto e no Alto da Serra do Botucaraí, também ocorreram aplicações. Nas regiões do Baixo Médio Uruguai e Noroeste Colonial, foram realizadas aplicações preventivas de fungicidas devido às condições favoráveis de infecção por doenças.
Para a Safra 2024/2025, a Emater/RS-Ascar estima o cultivo de 748.511 hectares, e a produtividade média de 7.810 kg/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as populações de cigarrinhado-milho estão em níveis muito baixos, pois as plantas voluntárias de milho não se desenvolveram por causa do frio no inverno, impedindo a disseminação do inseto na entressafra. Na Fronteira Oeste, embora os produtores possuam pivô central em suas lavouras, a manutenção da umidade do solo dispensa o uso do sistema de irrigação. Na Campanha, as áreas estão em fase de preparação para o plantio, executado tradicionalmente mais tardiamente para coincidir com o florescimento em períodos mais secos.
Na de Caxias do Sul, a semeadura está quase finalizada nos principais municípios produtores, como Esmeralda, Muitos Capões e Vacaria. As plantas apresentam folhas de coloração verde-escura, um indicador de grande potencial produtivo; projetam-se 8 mil kg/ha.
Na de Ijuí, apesar dos dias nublados, as plantas não apresentam alongamento de colmo e a distância dos entrenós está regular. Os colmos apresentam aumento de espessura à medida que as plantas ultrapassam o estádio V8. A produtividade não deverá ser prejudicada, apesar de um pequeno atraso no ciclo (poucas plantas em VT), o que indica que a floração deve iniciar gradualmente em novembro.
Na de Passo Fundo, a semeadura atingiu 90% da área esperada, e as lavouras estão em estágio de germinação (20%) e desenvolvimento vegetativo (80%). Na de Pelotas, a semeadura evoluiu lentamente devido às chuvas, alcançando 8%. Na de Soledade, 62% das áreas foram semeadas. Na de Santa Maria, os produtores preparam para semear a cultura após a colheita de tabaco.
Na de Santa Rosa, a evolução da cultura está muito positiva, e há expectativa de 8.410 kg/ha. Nas lavouras mais precoces, já se observa a formação da folha bandeira, característica que antecede o início do estágio reprodutivo da cultura. Nessas lavouras, o florescimento deve iniciar em breve. Em relação aos tratos fitossanitários, foi necessária a aplicação de inseticidas para controle de pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis) e vaquinha-verde-amarela (Diabrotica speciosa).
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 2,13%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 62,39 para R$ 63,72.
Confira o Informativo Conjuntural n° 1838 Emater/RS completo, clicando aqui!
Fonte: Emater RS