Os percevejos são pragas que acometem a cultura do milho, causando perdas quantitativas e qualitativas dos grãos. Dentre as espécies mais comuns encontradas em lavouras brasileiras podemos destacar o percevejo (Dichelops melacanthus) ou percevejo barriga-verde como é popularmente conhecido.

A praga ataca o milho nos estádios iniciais do desenvolvimento, causando danos que podem ser observados posteriormente em estádios mais avançados do desenvolvimento da planta, resultando em características lesões nas folhas (figura 1). Os danos são resultados da alimentação do inseto próximo ao colo da planta, causando injurias como amarelecimento da planta e lesões punctiformes. O percevejo barriga-verde tem preferência por atacar plantas de milho em estádio inicial do desenvolvimento.

Figura 1. Danos causadas pelo ataque de Dichelops melacanthus à planta de milho no estádio inicial do seu desenvolvimento.

Fonte: PELISSARI; HAUAGGE; MACHINSKI (2015)

O percevejo barriga-verde também pode ser considerado uma praga comum das lavouras de soja, sendo assim, no caso do cultivo do milho safrinha (milho segunda safra), sucedendo a soja, o monitoramento do percevejo barriga verde deve ter início ainda na fase final do desenvolvimento da soja.

Populações de percevejos remanescentes da cultura da soja, podem facilmente se estabelecer na cultura do milho, atacando as plantas ainda nos estádios iniciais do desenvolvimento, prejudicando não só a produtividade do milho, mas também o estabelecimento da lavoura. Conforme destacado por Madaloz & Policena (2018), o monitoramento das populações dos percevejos barriga-verde deve ter início ainda no período final do desenvolvimento da soja, compreendendo o período pré-semeadura do milho.



Os autores destacam que o período inicial do desenvolvimento do milho, mais especificamente de V1 a V4 pode ser considerado o período crítico da interferência da praga, onde maiores danos podem ser observados em decorrência do ataque dos percevejos. Sendo assim, o controle eficiente dos percevejos deve ser realizado nesse período, utilizando o tratamento de sementes e quando necessário a aplicação de inseticidas.

Segundo Madaloz & Policena (2018), a presença de 1 percevejo vivo a cada 10 plantas amostradas na linha e em sequência, indica a necessidade de efetuar o controle químico. Para evitar maiores perdas produtivas, o monitoramento das áreas de produção deve ser intensificado durante o período pré-semeadura e estádios iniciais do desenvolvimento do milho.

Figura 2.  Período crítico e monitoramento do percevejo barriga-verde (Dichelops melacanthus) no milho safrinha.

Fonte: Madaloz & Policena (2018)

Referências:

MADALOZ, J. C.; POLICENA, A. 3 ESTRATÉGIAS DE MANEJO PARA O CONTROLE DE PERCEVEJOS NAS CULTURAS DO MILHO E DA SOJA. Pioneer, 2018. Disponível em: < https://www.pioneersementes.com.br/blog/176/3-estrategias-de-manejo-para-o-controle-de-percevejos-nas-culturas-do-milho-e-da-soja >, acesso em: 02/02/2022.

PELISSARI, A; HAUAGGE, T. S; MACHINSKI, P. MONITORAMENTO E CONTROLE DE PERCEVEJO BARRIGA VERDE NA CULTURA DO MILHO SAFRINHA. Blog Agronegócio em Foco. Disponível em: < http://www.pioneersementes.com.br/blog/24/monitoramento-e-controle-de-percevejo-barriga-verde-na-cultura-do-milho-safrinha>, acesso em: 02/02/2022.

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