Em MT, o esmagamento de soja em jan/24 registrou recorde para o mês, processando um volume de 936.744 mil ton, alta de 10,74% ante a mesma época do ano passado e de 2,41% em comparação com dez/23. Esse cenário foi influenciado por alguns fatores, como o adiantamento da colheita do grão (maior disponibilidade), a abertura de novas indústrias no estado e a baixa no preço da soja. Em relação à margem bruta de esmagamento, o indicador apresentou acréscimo de 38,60% ante dez/23, e ficou estimado em R$ 521,67/t.

Apesar da queda nos preços do farelo e do óleo de soja em jan/24, o valor da soja em grão teve uma maior desvalorização frente aos subprodutos, o que refletiu no aumento da margem das esmagadoras. Por fim, é importante ressaltar que na primeira quinzena de fev/24, os valores da soja em grão continuaram com tendência baixista, o que poderá influenciar na margem bruta e no ritmo de esmagamento neste mês no estado.

Confira os principais destaques do boletim:

INDICADOR IMEA: o preço da soja em Mato Grosso chegou à média de R$ 97,50/sc na última semana, queda de 1,37% ante a semana anterior.

QUEDA NA PARIDADE: com a desvalorização do dólar e dos prêmios, a paridade de exportação (mar/25) apresentou retração semanal de 0,95%.

DÓLAR: a moeda norte-americana apresentou diminuição de 0,37% no comparativo semanal, e ficou cotada na média de R$ 4,96/US$.

A estimativa de fev/24 do Custo Operacional Efetivo (COE) da soja para a safra 24/25 ficou projetada em R$ 5.704,70/ha em Mato Grosso.

As despesas apresentaram queda de 0,16% em relação à projeção de jan/24, no entanto, o COE é 1,26% maior que o observado na safra passada. Diante dos custos elevados para a safra 24/25 e com os preços da soja futura até o momento pressionados, a situação para a próxima temporada poderá ser ainda mais desafiadora para o produtor de MT.

Analisando o Ponto de Equilíbrio (PE) para a safra, no qual foi utilizada a média da produtividade das últimas cinco safras para calcular o indicador, nota-se que o preço negociado em jan/24, de R$ 96,05/sc, já não cobre o custo com o COE, que ficou estimado em R$ 98,02/sc.

Por fim, esse cenário de margens apertadas poderá influenciar no investimento do produtor para o próximo ciclo, como a manutenção ou queda da área destinada para cultivo, redução nas aplicações e menor investimento em pacote tecnológico, o que pode comprometer o rendimento da safra.

Fonte: IMEA



FONTE

Autor:IMEA

Site: Boletim Semanal da Soja

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