Os contratos futuros da soja fecharam firmes nesta quinta-feira na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Os agentes seguiram posicionando suas carteiras frente ao relatório de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e aguardam sinais da retomada das compras chinesas de produto americano.

O relatório de amanhã pode servir como um termômetro para medir o quanto a agência está apostando nas negociações em andamento entre EUA e China e nas expectativas de aumento das vendas de exportação de soja. Segundo analistas ouvidos pela agência Dow Jones, se o USDA reduzir as projeções, isso pode significar que não há muita confiança nos acordos comerciais.

Após o final da paralisação do governo americano, o USDA anunciou que publicará suas vendas diárias de grãos para exportadores privados que não foram divulgadas durante os 43 dias de paralisação do governo. Os traders estarão atentos a essa divulgação, na expectativa de que o USDA confirme que a China comprou soja em algum momento entre outubro e o início de novembro.

O Departamento divulgou hoje os primeiros dados de vendas semanais para exportação desde o fim da paralisação parcial do governo norte-americano. O relatório, publicado na manhã desta quinta-feira, traz os números referentes às duas últimas semanas de setembro.

Para a semana encerrada em 18 de setembro, o USDA registrou venda de 724,5 mil toneladas de soja em grão. Para a semana té 25 de setembro, foram mais 870,5 mil toneladas. Um ponto de atenção para o mercado foi a continuidade da ausência da China entre os principais compradores de soja norte-americana nesse período.

O USDA deverá, no seu relatório de novembro, indicar corte na projeção de safra dos Estados Unidos em 2025/26. Analistas consultados pelas agências internacionais indicam que o número para a safra americana em 2025/26 deverá ficar em 4,265 bilhões de bushels, contra 4,301 bilhões previstos em setembro, data do relatório mais recente. Devido à paralisação do governo americano, não houve divulgação de dados em outubro.

Para os estoques de passagem, a previsão é de um número de 292 milhões de bushels para 2025/26, contra 300 milhões projetados em setembro.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2024/25 de 123,4 milhões de toneladas. Em setembro, o número ficou em 123,6 milhões. Segundo o mercado, a indicação do USDA para 2025/26 deverá ser de 124,6 milhões de toneladas, contra 124 milhões projetados em setembro.

Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com alta de 13,25 centavos de dólar, ou 1,16%, a US$ 11,47 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 11,56 3/4 por bushel, com elevação de 12,75 centavos de dólar ou 1,11%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 7,40 ou 2,30%, a US$ 328,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 50,25 centavos de dólar, com perda de 0,37 centavo ou 0,73%.

Fonte: Dylan Della Pasqua / Safras News



 

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Autor:Dylan Della Pasqua / Safras News

Site: Safras & Mercado

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