De acordo com o Imea, a comercialização da pluma da safra 21/22 avançou apenas 0,98 p.p. em out-22 ante a set-22, alcançando 84,26% da produção do ciclo. Esse menor avanço observado no comparativo mensal foi pautado pela desvalorização expressiva no preço da pluma no último mês. Além disso, os impactos registrados na qualidade da fibra, devido às adversidades climáticas que afetaram grande parte das lavouras de MT, desmotivou novos negócios no estado. No que tange à safra 22/23, as negociações avançaram apenas 1,49 p.p. no comparativo mensal e atingiu 50,51% da produção estimada para o ciclo, a qual ficou pela primeira vez, desde o início da comercialização, atrás do mesmo período da safra 21/22. Esse cenário foi reflexo da desvalorização no contrato de dez-23 na bolsa de NY, que pressionou as cotações da pluma em MT e limitou novas vendas. Clique aqui.

Confira os destaques do boletim:

VALORIZAÇÃO: com o PMI industrial dos EUA acima do esperado e a reabertura dos lockdowns na China, o contrato de jul/23 exibiu alta de 4,72% em relação à semana anterior

RECUPERAÇÃO: após consecutivas semanas de baixa, o preço do óleo disponível apresentou alta de 0,91% no comparativo semanal em MT, precificado na média de R$ 6.031,39/@.

QUEDA: o dólar corrente fechou a semana com desvalorização de 3,33%, cotado na média de R$ 5,15/US$, reflexo das eleições brasileiras e da diminuição da aversão ao risco no mercado.

A terceira estimativa da safra 22/23 do Imea, trouxe reajuste na área do algodão em MT

Dessa forma, a área do algodão para a safra 22/23 recuou 9,41% ante a estimativa passada, ficando em 1,18 milhão de hectares, o mesmo registrado na safra 21/22. Esse cenário é reflexo da queda dos preços futuros da pluma na bolsa de NY nos últimos meses, que pode interferir na decisão final dos cotonicultores em relação ao aumento da área do algodão. Com relação à produtividade esperada para o ciclo, essa permaneceu em 278,26 @/ha, 12,27% maior do que o da safra 21/22. Contudo, essa previsão pode exibir alteração, uma vez que ainda há fatores incertos que podem afetar no rendimento do algodão, como a janela ideal de plantio e as condições climáticas no decorrer do ciclo. Assim, com a redução na área plantada a produção do algodão em caroço recuou 9,41% ante o último relatório, ficando em 4,91 milhões de toneladas. Apesar dessa queda, o volume ainda é superior ao da safra 21/22 devido à expectativa de maior produtividade. Leia o relatório na íntegra aqui.

Fonte: Boletim semanal n° 650 – Algodão – IMEA



 

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